Há 22 anos decidi acompanhar parte da minha enorme família de origem, que estava migrando para Pilar do Sul, município do interior, próximo a Sorocaba e distante menos de 150 kms da minha tão amada terra Natal; Uma cidadezinha que cresceu muito, mas na época não tinha mais que 27.000 habitantes.
Para quem nasceu em São Paulo foi uma mudança considerável e demorei um tempo para me adaptar, mas vivi muitas experiências interessantes e fiz muitas descobertas nesse tempo.
Tenho um casal de filhos, mas quando fui pra Pilar era apenas a Tamires, que hoje está com 28 anos e mora em São Paulo, foi levada pelas circunstâncias, enquanto eu atualmente moro de favor em Salto de Pirapora com meu filho Pedro Henrique de 15 anos, as circunstâncias também nos levaram.
Diante de muitos acontecimentos ao longo desses anos e a relação conturbada que vivíamos, meu marido e eu, a separação era uma questão de tempo, iniciamos uma relação com prazo de validade vencido, mas demorei para aceitar, só queria dar um lar aos meus filhos a qualquer custo, porém para tanto, dependia de dois, o que mesmo não sendo possível gerou uma dívida enorme.
Passei por momentos muito difíceis nesse percurso, uma relação abusiva transformada em vício, um período entorpecida. Uma dependência química que quando me afastei, passei quase insuportáveis crises de abstinência, agora limpa a um tempo, pouco a pouco me vejo livre de novo; Aquele casamento fez de mim uma prisioneira e não havia me dado conta.
Dentro dessa prisão comecei a escrever, e escrever muito; Meus textos que eram sempre voltados para as minhas emoções, que estavam doendo demais, evoluíram para pensamentos reflexões descobertas e compressões.
Nesse percurso descobri uma personalidade malévola escondida embaixo da máscara de “persona boa” passei a questionar os motivos de ter suportado tudo que suportei e acabei por concluir que havia algo de errado comigo, foram 27 anos usando máscara e simplesmente não percebi.
Algo estava errado em minhas percepções e escrevendo fui traçando um caminho de descobertas que gerou essa vontade de ajudar outras mulheres a se descobrir e se encontrar em meio às escolhas, que livremente fizeram ou que se obrigaram a fazer por conta de circunstâncias.
Encontrei em mim reações agressivas que tinham razões pra existir e descobri que diante de tudo que minhas emoções foram submetidas por anos a fio, nem foram tão ruins assim, mas que poderia ter sido muito pior.
Hoje estou sem nada, financeiramente falando, meu marido conseguiu tirar tudo que queria de mim, minha família ficou para trás, aliás lugar esse, onde quero que permaneçam.
Estou sem condições financeiras nenhuma e isso era tudo que ele precisava para me manter “sob controle” e sob seu controle. Fez de caso pensado para que sem recursos não tivesse pernas e nem pudesse me locomover, porém esqueceu de arrancar a cabeça, embora tenha tentado e por pouco não conseguiu.
Tudo isso explica por que preciso de sua ajuda e só posso contar com você.
Depois de extrair tudo que pôde e quase ter me enlouquecido com suas mentiras manipulações e artimanhas, descartou como se descarta um trapo velho depois que a mão ficou limpa.
Descobri um mercenário lobo em pele de cordeiro e os motivos que tive para não ter percebido, por isso me descartou.
Como todos, minha história de vida começa a partir da história de vida da minha mãe, que fez dela uma "santa mártir e sobrevivente", cheia de hematomas e sequelas, que formou uma família com componentes igualmente - "sequelados".
Quer conhecer os detalhes dessa história?
Encomende seu exemplar e leve um pouquinho de mim para sua casa.
Obrigada.
Valdeci Nogueira
Escritora