Sou professora, escritora e apaixonada pela Matemática!
Sou Rosana Cristina Macelloni Alvarenga, professora
efetiva de Matemática da Secretaria da Educação do Estado
de São Paulo (Seesp) há aproximadamente 20 anos, Licenciada em Matemática pela Unesp, Mestre em Educação pela
Unesp (Marília) e Doutora em Educação para a Ciência pela
Unesp (Bauru).
Para chegar a esta breve descrição de mim mesma, muitos caminhos percorri, e as inúmeras vivências me fizeram ser
exatamente como sou hoje, visto que o ser humano é complexo, somatório de vivências, culturas, muito mais do que
títulos e profissão.
Foi uma longa jornada, e para que se possa
compreender melhor, fazem-se necessárias algumas considerações: primeiramente, ressalto o meu amor pela Matemática.
Sempre senti e ainda me sinto preocupada com o ensino de
Matemática em toda sua plenitude, contrapondo-me aos métodos dogmáticos, meramente tecnicistas.
Pelo amor à Matemática resolvi mergulhar cada vez mais fundo nos problemas
do ensino e da aprendizagem dessa disciplina. Por ela e pelo ensino dela, debruço-me a estudar novas formas de ensinar, em uma busca constante de aprimoramento, pois há muita dificuldade a ser superada na
apropriação dos conceitos matemáticos pelos alunos.
A Matemática sempre exerceu um fascínio sobre mim e sinto a necessidade, consequentemente, de levá-la à apropriação dos
outros também.
O ato de aprender é de grande valia não só para a política educacional, mas para toda a sociedade, haja vista que a
Educação é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento do ser humano, constituindo-se em um pré-requisito essencial para a adequada inserção nas demais instâncias
da vida. O professor comprometido com o aluno real (seres
humanos que têm na sua frente) quer formar futuros profissionais capazes, competentes, justos, solidários, criativos e
amantes do que fazem, pois eles serão nossos futuros médicos, dentistas, advogados, professores, bancários, vendedores, juízes, veterinários, administradores etc., e ao libertá-los
do senso comum e dos paradigmas impostos pela sociedade
alienadora, libertamo-nos também.
Freire já dizia que ninguém liberta ninguém, ninguém se
liberta sozinho, mas “os homens libertam-se em comunhão”.
Muitos se intrigam porque mesmo eu sendo uma Doutora, continuo atuando na Educação Básica, mesmo já tendo
ministrado aulas no Ensino Superior. O fato é que além de
amar proporcionar a apropriação dos conceitos matemáticos
pelos educandos do Fundamental e Médio, acabei me enveredando pelo mundo dos livros e escrever se mostrou outra
paixão, tanto os livros didáticos como os paradidáticos, ou
poesias, a mesma paixão.
O pensamento matemático, por ser tão rico, tão abrangente, tão luminoso, tão elegante, posso dizer que chega a alcançar a Deus... Sendo assim, a beleza matemática está muito
além das fórmulas...