Olho com carinho para trás.
Me perdoei.
O que foi tinha que ser
e o que será, será.
Vivo o agora.
Trago marcas leves de expressão no rosto
que logo se enrugará
mostrando tudo que já vivi
não vou esconder.
Não vou me esconder.
As marcas contam minha história
até meu andar incerto e torto diz quem sou.
Meu rosto, esse rosto
sempre um lado mais escuro
sempre algo a esconder ou dizer
não por vergonha, mas por timidez.
Meu rosto, esse rosto
o que a boca não diz, os olhos gritam
a alma sai na palavra escrita
nessa palavra bendita
que existe para me expressar.
Sou palavra escrita, carta aberta
mente afiada e incerta.