Por
anos eu me senti muito sozinha.
Foi
um longo caminho.
Nunca
soube o real significado da minha existência. Não tenho boas lembranças dos
meus familiares e minha melhor fase eu perdi, a infância. Bem cedo aprendi o
que é viver com o medo, com a dor e logo chegou à solidão. Com o passar de
alguns anos descobri que era portadora da depressão, ansiedade e transtorno de
bipolaridade. Nunca soube lidar muito bem com doenças, odeio ir ao médico e a ideia
de ser dependente de medicação me assustava. Resolvi deixar isso de lado e
viver a minha vida como eu achava que podia.
Esse
livro foi dividido em duas partes. Os 16 primeiros textos foram escritos nos momentos
mais difíceis que passei sozinha, mergulhando em um grande mar de solidão. Hoje
aprendi a me amar como sou e a considerar que podia ser feliz sem um alguém.
Quando perdi o grande amor da minha vida, um amor cheio de preconceito e
ciúmes, um amor que faz mal ao peito da gente, mas ainda assim, eu a amava
muito e foi então que minha vida teve uma grande queda. Emagreci vinte quilos,
comecei a ingerir drogas, não comia e não dormia. Comecei a procurar pessoas
que eu achava que supririam a falta dela, mas só me enganei e me machuquei.
Quatro
anos após nosso término, eu superei. Me perdoei. Sei que não faria com mais
ninguém o que fiz, não quero e não vou cometer os erros do passado. Quero
acertar agora.
Queria
dizer a você, que está tudo bem errar e magoar alguém. É um ciclo as vezes:
magoar e ser magoado. Aos meus amores do passado que não pude corresponder, eu
sinto muito, mas sei que estão bem hoje e isso alivia meu coração.
Aos
meus familiares que nunca estiveram comigo, desejo toda sorte e uma vida boa.
Aqueles
que me acompanham mesmo distantes, eu amo vocês.
Obrigada
Diego pelos momentos e pelas cervejas aos domingos. Obrigada por salvar minha
vida.
Obrigada
Bianca por me fazer ver a luz no meu momento mais sombrio.
Agradeço
a todos.
Com
amor, Letícia.
Por anos eu me senti muito sozinha. Foi um longo caminho. Nunca soube o real significado da minha existência. Não tenho boas lembranças dos meus familiares e minha melhor fase eu perdi, a infância. Bem cedo aprendi o que é viver com o medo, com a dor e logo chegou à solidão. Com o passar de alguns anos descobri que era portadora da depressão, ansiedade e transtorno de bipolaridade. Nunca soube li
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