Nelson Emílio nasceu em 5 de outubro de 2004, na cidade do Luena (Moxico - Angola), e actualmente reside em Luanda. Como jovem filósofo angolano, sua trajectória é marcada por uma paixão diversificada pelo saber e pelas artes. Filho de um Antigo Combatente e Veterano de Guerra, Nelson Emílio viveu desde cedo o legado da Luta Armada de Libertação Nacional, que ocorreu entre 1961, culminando na independência do país em 11 de novembro de 1975.
Este ambiente de resistência, conquista e autodeterminação influenciou profundamente sua cosmovisão e sua postura filosófica, reforçando a importância de valorizar a liberdade, a identidade e o conhecimento como instrumentos de transformação social.
Na infância, apenas desenhava. Antes de se apaixonar pela Filosofia, começou a escrever, a princípio, poemas em 2017. Nesse período, também actuou como rapper. Sua iniciação no universo das artes visuais e literárias ocorreu por meio das bandas desenhadas, onde conquistou seu primeiro reconhecimento em 2019 ao vencer o Concurso de Desenho do Colégio Mara e Tânia, na categoria de desenhista, conquistando o 1º lugar.
Emílio ampliou seu envolvimento com o conhecimento ao ministrar palestras sobre desenvolvimento pessoal e empreendedorismo digital, actuando em instituições como o Instituto Médio Politécnico do Kibangas e o Instituto Superior Politécnico Internacional de Angola (ISIA), do qual colaborou com uma trading company e academia americana Evo Movement.
Sua apropriação do saber é autodidacta, além disso, seu interesse por correntes como o heliocentrismo, deísmo, estoicismo, cinismo, iluminismo e cepticismo molda sua abordagem filosófica, que busca compreender o ser, o conhecimento e a existência. Tem também interesse na astrobiologia, axiologia, bibliofilia e biblioterapia.
Emílio é autor de textos que abordam assuntos de ontologia, gnoseologia e epistemologia, reflectindo seu olhar filosófico sobre a vida e a sociedade. Sua criação da Filosofia Inversa, ou melhor, o «inversismo», uma filosofia que questiona a lógica da vida e da morte, demonstra sua originalidade ao propor que «a vida é inversa porque algumas coisas que vão de acordo com a natureza, não têm lógica». Apesar de ter abandonado temporariamente essa filosofia, por achá-la bastante niilista e deixá-lo totalmente traumático, depressivo e insano, sua reflexão permanece como exemplo de sua postura questionadora e inovadora.
Vem fundamentando concepções que derivam do criticismo sociológico, além de, propriamente, da dialéctica filosófica, como, por exemplo, as afirmações de que «a igreja vai além de um espaço físico» e que «o mundo está bastante repleto de igrejeiros». Seu pensamento também é influenciado pelo amor à Natureza e à universalidade do Sol, que ele associa à essência de tudo, afirmando: «[...] o Sol está em mim e está em tudo. Tudo é Sol, e o Sol é tudo». Essa visão holística e espiritualista reflecte sua busca por conexões profundas entre o humano, o natural e o universal.
Emílio vem promovendo a filosofia angolana e, não só, com o seu movimento filosófico Movimento da Filosofia Angolana (MOVIFA), através de sua corrente filosófica nova denominada solismo, e vem promovendo o hábito pela leitura através do projecto Diálogo em Leitura. Como CEO e Director Executivo da revista electrónica e da agência de livros electrónicos, trading e copywriting Eres Libro, busca democratizar o acesso ao conhecimento, defendendo a inclusão dos livros digitais como táctica de oportunidade aos novos escritores ou pensadores e não só. É também CEO e Director Executivo da agência linguística e literária Textrev.
Embora ainda não tenha publicado livros físicos no mercado angolano, sua produção de alegorias, aforismos, ensaios, crónicas e artigos vem ganhando reconhecimento em ambientes académicos internacionais, reflectindo seu compromisso com o autodidactismo, o pensamento crítico e a arte literária. Sua postura não é tanto de apologista de uma filosofia profissional ou convencional, mas de ensinar às pessoas a compreenderem o que é filosofar, por que e quando filosofar. Além disso, não é particularmente apologista de fazer parte da escola e da academia convencionais, mas de forma paradoxa é apologista de que há quem nasceu para estar na escola e há quem realmente não nasceu para estar na escola. Como ele diz: «O conhecimento é vasto e jamais estático».
Actualmente, Emílio trabalha no desenvolvimento de novas filosofias e alegorias, com o objectivo de provocar reflexão e debate contextual ou global. Seu maior propósito é tornar o saber em uma ferramenta de emancipação social, cultural e mundial, contribuindo para um mundo mais consciente, lúcido e reflexivo. Assim, Nelson Emílio se apresenta como um jovem filósofo literário, cuja originalidade e impacto vão além das fronteiras, buscando sempre ampliar os horizontes do conhecimento e da reflexão filosófica.