
Sou professor e escritor.
Aprendi, com o tempo, que pensar é também sentir — e que toda ideia, por mais abstrata que pareça, nasce de uma experiência vivida no corpo.
Escrevo para compreender o que o tempo faz conosco e o que deixamos de ser enquanto tentamos permanecer.
Em Memórias de um Corpo que Foi Templo, minha primeira obra publicada, falo desse corpo como território da lembrança, da fé e da ruína. Um corpo que já abrigou o sagrado e hoje apenas recorda o seu eco.
Acredito que escrever é um modo de preservar o que o tempo insiste em apagar, e que ensinar é um gesto da mesma natureza: oferecer ao outro o que ainda faz sentido, mesmo quando quase tudo já parece perdido.
Procuro, nas palavras, uma lucidez que não exclua a ternura, porque penso que só o olhar que compreende a queda é capaz de reconhecer a beleza do que permanece.

Em Memórias de um Corpo que Foi Templo, Matheus Oliveira conduz-nos por uma jornada íntima e filosófica sobre o envelhecimento, o corpo, o tempo e a memória. Escrito com lirismo cortante e profundidade existencial, o livro é uma meditação , um convite irrecusável para uma filosofia entre o ser que fomos e o ser que resiste. Cada capítulo é uma varanda onde o autor observa, com ternura e crueldade,
Saiba mais