Escritor Marcos Carolis

A maior história que eu escrevo é a minha própria história.

Fui sonhado e desejado pelos meus pais e nasci numa linda manhã de outono, como um grande presente para eles. Tudo era novo, mas descobri a beleza e as complexidades da vida, porque o mais importante é viver. Com o tempo, acumulei muitos conhecimentos e me tornei um escritor, compartilhando uma parte do que aprendi e também dos meus sonhos.

Então, a maior história que escrevo é a minha, que só vai terminar quando meu tempo aqui acabar. No dia do meu nascimento, houve alegria. Por ter feito mais pessoas sorrirem e de alguma forma aliviado a dor de quem sofria, sei que no dia da minha partida, será um dia de tristeza para muitos que se sentirão órfãos. Além de tudo, sempre aconselhei os mais jovens a se afastarem do mau caminho, despertando neles a natureza do bem. Ao partir para uma nova jornada, minha recompensa será a consciência limpa e tranquila.

O meu único lamento sobre a morte é não poder ver mais a natureza, que é tão bela de um jeito que a mão do homem jamais poderá criar. Só de pensar em não poder mais contemplá-la, já sinto saudades. Sinto falta dos olhos meigos da minha mãe, do abraço forte do meu pai e de toda a minha infância, quando sorria apenas por ganhar uma bala. Se na vida abraçarem meu corpo, encontrarão minha alma, meu amor e minha paixão. Mas se somente se lembrarem de mim no dia da minha morte, encontrarão uma casa vazia. E se visitarem meu túmulo, nada encontrarão além de restos mortais, porque lá eu não estarei. Por ter escrito uma linda história de vida, me tornarei luz e estarei entre as estrelas.