
Natural de Porto Alegre, Júlio Rocha carrega mais de um lugar na escrita — talvez porque tenha aprendido cedo que a experiência também cria raízes. Peregrinou por diversas cidades do mundo – do Velho e do Novo –, absorvendo sotaques, cheiros e sabores que hoje transbordam em sua linguagem. Escrever, para ele, é uma forma de decifrar o que o corpo sente antes que a mente compreenda. Um gesto íntimo, mas compartilhável; um vício que se transforma em ritual.
Com estudos em Filosofia, Jornalismo e Direito, Júlio transita com fluidez entre a razão, a sensibilidade e a carne — territórios onde sua literatura encontra tensão e verdade.
Nascida do atrito entre esses mundos, sua escrita não busca agradar: busca revelar. Retirar o verniz das relações, levantar os véus do amor, enfrentar os tabus do desejo.
Radicado na região de Brasília, constrói narrativas que não temem o escuro. Seus contos são habitados por personagens livres, imperfeitos, cheios de urgência e ternura.