Hernani é fundador e editor da Rede Afrokut, fellow da Ashoka. Criou, em 1988, um movimento para engajar jovens na luta contra o racismo; em 1991, fundou a Sociedade Cultural Missões Quilombo. Dedicou-se por mais de 30 anos para modificar a visão que as igrejas evangélicas têm da cultura negra. Uma visão influenciada por um racismo intrínseco que causa uma análise equivocada da doutrina religiosa e da sua relação com a cultura negra. Como atuação nesta área realizou projeto de Superação ao Racismo e Intolerância religiosa; Campanha Igrejas Históricas e o pedido de perdão ao povo negro. Ministrando palestras e oficinas com a temática: superação do racismo e intolerância religiosa em igrejas e comunidades. Na sua trajetória, foi agraciado pelos Prêmios Direitos Humanos, da Presidência da República do Brasil, em 2001; Prêmio Destaque Azusa, em 2004; e Prêmio Heróis Invisíveis, em 2004. Selecionado para Fellow, Empreendedor Social da Ashoka, em 2002. .
Hernani protagonizou uma longa jornada de militância nos movimentos negros, hoje entende que sua atuação se encontra no limite da intervenção sobre a questão racial no campo protestante e evangélico no Brasil. Hernani acredita que houve avanços significativos na última década, com o surgimento de uma nova geração de militantes e ativistas nas igrejas e a consolidação do Movimento Negro Evangélico.
Atualmente trabalha com uma nova abordagem na superação do racismo, focada em uma mudança interior (autoconhecimento), com uma visão holística da Pessoa (Muntu) que transcende a dualidade e resgata a unidade do ser de forma consciente, na qual a mudança vem de dentro para fora, modificando o campo mórfico (memórias do inconsciente coletivo) ou criando novos. Nesta nova abordagem, à Pessoa (Muntu) assume um papel determinante na mudança social a partir da perspectiva da Ciência Espiritual Kemética.
Com o objetivo de reunir pessoas, divulgar e multiplicar essas iniciativas, Hernani criou a plataforma Rede Afrokut voltada para a produção de conteúdo, através da Sankofa: "volte e pegue". Fazendo uma jornada e retornando à fonte Ancestral. Formando um Ciclo Sankofa que navega no passado (Kemet), no presente (Negritude Quântica) e no futuro (Afrofuturismo). Resgatando a memória, fazendo história no presente, e traçando o futuro.