Gimi Ramos é natural de Santa Catarina. Nascido a 04 de março de 1974. Graduado em Letras Inglês/Português e Literaturas, com Especialização em Teoria da Literatura e Produção Textual. Graduado de Filosofia.
Da Música
Antes de
iniciar sua carreira literária, foi vocalista e letrista de uma banda de Death
Metal, remontados aos anos 1990, pioneira na região sul do Brasil. Suas
letras tratavam de temas contundentes, carregados de crítica social e focados
no ser humano enquanto membro de uma sociedade doente e hipócrita.
Da
Literatura
Em meio
ao Curso de Letras, com o aval de Mestres e Professores, lança o Teatro d’Alma,
de 2002, livro de poesias publicado de forma independente, com ótima aceitação
entre acadêmicos e profissionais da área. Algumas poesias contidas em o Teatro
d’Alma estão em coletâneas nacionais e internacionais. O Livro conta com 5 edições até 2020.
Lança em 2008 seu primeiro livro
de contos, intitulado Homines, pela Editora CBJE, do Rio de Janeiro. Os
contos da obra iniciam a fase em prosa do autor, trazendo personagens
atormentados, situações cotidianas e fatos que imitam a realidade com nuances
de sarcasmo e corrosiva crítica social aos valores vigentes.
Homines é um esboço do humano em
forma de contos, é um retrato social pintado com as cores do medo, da
superstição, da ganância, da maldade, do vício, do desejo de poder, da
ignorância, do sobrenatural, da necessidade de libertação, da religiosidade, do
amor e do ódio, da vida e da morte...
Em suas páginas o clássico e o moderno, o claro e o escuro, a simplicidade e o complexo se fundem criando “um mundo” em nosso mundo. As narrativas incitam o leitor ao pensamento e à descoberta, transmutando o real em imaginário, o fantástico em realidade, fazendo com que os momentos de epifania, uma constante nos textos, tragam o alívio desejado àqueles que com a obra tiverem contato. A catarse produzida traduz “Homines” em humano, e por conseguinte, traz à luz a necessidade de se ocultar e o desejo de transparecer...
Lecionou Línguas Inglesa e Portuguesa, bem como Literatura Brasileira.
Técnico em Marketing e processos Gerenciais trabalhou como designer gráfico em agências de publicidade e empresas de comunicação visual.
Foi
colunista em jornais, revistas e sites, onde escrevia sobre Filosofia,
Literatura e Cotidiano.
Participou
de vários concursos literários, tendo alguns de seus textos publicados em
coletâneas nacionais e internacionais.
Lançou em 2015, pelo selo
Potencial Livros, o romance Ohomemqueodiavaadeus. Um ensaio denso e
corrosivo sobre a condição humana e suas facetas. A obra desfila da Filosofia à
História, da Literatura à Psicologia, do social ao individual, tendo como pano
de fundo os anos de Ditadura Militar no Brasil.
A Obra traz em sua contracapa um
texto oportuno, vibrante e esclarecedor, contudo, exalando mistérios... Assim
ele chama o leitor:
Viaje por um horizonte de cores
múltiplas e formas várias.
Flutue pelos nuances reais da
História.
Percorra errantemente os tons
abrangentes da Filosofia.
Ilumine-se nas sombras ofuscantes
da Literatura.
Desbrave os contornos sinuosos da
Psicologia.
De bases sólidas e consistentes,
a obra está alicerçada pelo enredo instigante, denso e insistente, que
encarcera o leitor em suas páginas, enreda-o em suas linhas e o mantém dominado
em busca do instante próximo.
Cáustico, provocador, romântico e
passional, Ohomenqueodiavaadeus, abandona a emoção tão rapidamente quanto
dissolve a ficção, obscurecendo o cognitivo puro e simples num elucidar abrupto
da razão crua e sensitiva.
Em 2017, trouxe à luz o segundo livro
de contos, sob o título de Papéis esquecidos, uma coletânea de textos guardados
entre 2008 e 2015, pela Editora Raízes da América. Nos textos, o autor traz as
mazelas do homem às vezes de modo cru e cáustico, noutras de modo humorado e
sarcástico.
Em nota “Ao leitor”, que precede
o primeiro conto, o autor diz:
A presente nota servirá, de modo
amplo, como um agradecimento por minhas letras. Sem leitores, não há quem
escreva, é claro. Contudo, longe de mim a pretensão de considerar-me escritor.
Nem tampouco almejo a nomenclatura, pois longe de grandes centros, postular-se
como tal, seria utopia, para não usar outro termo que traria aversão ao que foi
posto.
Os contos de Papéis esquecidos
trazem textos claros, agradáveis à leitura e passíveis à reflexão, como toda
obra desse cunho deveria ser.
Salvo dois textos, O mendigo de
almas e Cartas sem retorno, os textos aqui impressos, em número de oito,
receberam o já citado título por fazerem parte de uma fase sequente à
publicação de Homines, minha primeira obra em contos; dado também, que tais textos,
colaboram com a etapa de meus escritos já finalizados e, não se sabe cargas
d’água o motivo, precedentes ao lançamento de meu primeiro romance publicado
pela Potencial Livros, Ohomemqueodiavaadeus.
Embora Papéis esquecidos
encontra-se em uma lacuna de tempo por conta de duas publicações bem distintas,
ele traz a temática mestre de meus textos, seguindo uma linha narrativa
consistente e de traços fortes, como relatado à época de Homines, “onde as
narrativas incitam o leitor ao pensamento e à descoberta, transmutando o real
em imaginário, o fantástico em realidade; fazendo com que os momentos de
epifania, uma constante nos textos, tragam o alívio surpreso àqueles que
percorreram esta páginas”.
Ainda sobre o referido espaço de
tempo que estes textos estiveram esquecidos, faz-se mister trazer à luz,
algumas considerações acerca de tal.
Entre Homines e
Ohomemqueodiavaadeus boa parcela de tempo se passou, e nessa parcela de tempo,
muito aconteceu. Foram percalços tamanhos, guerras intermináveis, caminhos
tortuosos diversos e somente paliativas redenções, momentâneas alegrias, e pelo
trajeto longo se perdem outras efemeridades.
Nada de tão absurdo, estimada
leitora e caríssimo leitor?
Dizem os mais requintados: C’est
la vie.
Dizemos nós, que é a vida!
Em junho de
2018, também pela Editora Raízes da América, lança o segundo romance,
Bem-aventurado. Para o autor sua melhor obra. Um suspense carregado de máculas
sociais e de teor denso e profundo, abrangendo da Psicologia humana à Filosofia
questionadora. O enredo forte e instigante trata de um imigrante que leva uma
vida simples e medíocre; um filósofo em um leito de hospital esperando a morte;
um contador de histórias com câncer terminal; uma mulher que sonha com uma vida
em família e um pregador fanático e sua esposa submissa.
No romance, a mente humana
vislumbrada sob várias perspectivas e posta em análise por uma rede de
acontecimentos discrepantes, mas intimamente ligados por um poder superior
apresentado de distintas formas e diferentes prismas.
Entrelaçado a tudo e a todos, os meios de comunicação despejam notícias sobre um assassino em série que mata em nome de Deus, deixando uma mensagem de bem-aventurança.
2021. Este é o ano de lançamento
de seu terceiro livro de contos, intitulado Papel, caneta... e outros
papéis.
Nas palavras do autor:
“Papel, caneta... e outros papéis não é algo pandêmico. Não adjetivo desse modo,
por não se tratar de algo que irá viralizar.
Leitura viralizante com conteúdo é algo,
em termos brandos, delirante neste país.
O que viraliza nestas terras são
leituras rasas, tendenciosas e pálidas. Esmaecida tinta sobre papel roto. Desvalidas e cáusticas palavras isentas de
forma, essência, alma e luta; muita luta.
Por tal, a presente obra é não pandêmica
pelo fato cronológico de ter sido concebida antes desse pandemônio. Ex
nihilo nihil fit.
Contudo, não posso me furtar de colocar na
conta do genocídio três contos, quais sejam: Eu não sei!, Fenilcetonúria,
e A bolsa.
Os anjos da véspera, lançado em 2024, é o terceiro romance. A obra, nas palavras do autor, diz que "a linha tênue que separa a realidade da ficção é mais extensa do que possamos imaginar. Esta linha, este muro divisor, abarca um universo múltiplo, que sobrevive à base de substratos do que é real e de vapores do que é imaginário.
Frente a isso, supomos que a necessidade do ser humano em criar, em fazer arte, muitas vezes é alimentada por desejos, e não propriamente por medo, como alguns supõem e insistem em firmar. Escrever sobre seres que não perecem; criaturas com poderes fantásticos, habilidades extraordinárias e afins traz, à vida, o bálsamo para as dores diárias, o remédio para a angústia. Amparado em Nietzsche, temos a arte para que a realidade não nos destrua.
Seguindo esta torrente, a presente obra apresenta-se como realismo fantástico, moldada por substratos e vapores. Ainda que traga nuances e formas de meus trabalhos mais antigos, Os anjos da véspera é composto por um enredo peculiar, mas não singular no estrito sentido da palavra.
No romance, visei agregar elementos não (muito) comuns ao que sempre escrevi. Fantasioso, fantástico e delirante podem ser adjetivos para o enredo. Digo isso por conta de que a engrenagem textual e de conteúdo gira em torno de duas personagens, seres aquém deste mundo e de outros tantos mundos. Temos a arte para que a realidade não nos destrua.
Durante o tempo de gestação do romance, alguns anos, a pesquisa constante, os laboratórios textuais e os ensaios cognitivos foram primordiais para a edificação do enredo, suas amarras de conteúdo e linearidade da obra. A mitologia asteca, os cânones católicos, os experimentos filosóficos, as verdades psicológicas, os referenciais históricos, entre outros fatores, configuram-se em pedras únicas e necessárias nesta construção literária. Não obstante, é necessário cravar o abandono total à presunção conceitual (mea culpa), que possa ter sobrevoado este prefácio. Sou lúcido em se tratando de minhas limitações.
Retornando, é relevante elucidar alguns pontos sobre o enredo. Com já posto, o presente romance sobrevive num - e por um - realismo fantástico. Bem, mas o que é um realismo fantástico? A resposta não é simples, e talvez não exista uma resposta antes de se ter contato com a obra.
Repito, é obra peculiar, não singular.
Nas páginas, no texto integral, a leitora e o leitor terão (possivelmente) a viva impressão de que já ouviram falar de determinadas situações, beirando, pois, um déjà-vu literário. Isto é fato. Tanto fato, quanto ficção. Nessas passagens, há um distanciamento da realidade e uma aproximação com o imaginário. Houve então, para fins dramáticos e de embasamento teórico-constitutivo, de se antepor nomes e macular situações e acontecimentos. Fiz, pois, substratos transformarem-se em vapores, e vapores ajustarem-se a substratos".
Atualmente
trabalha como designer gráfico e editor, e em projetos literários paralelos: o quarto romance; e a primeira obra relacionada e dedicada diretamente à Filosofia.
Homines é um esboço do humano em forma de contos, é um retrato social pintado com as cores do medo, da superstição, da ganância, da maldade, do vício, do desejo de poder, da ignorância, do sobrenatural, da ne-cessidade de libertação, da religiosidade, do amor e do ódio, da vida e da morte... Em suas páginas o clássico e o moderno, o claro e o obscuro, a simplicidade e o complexo se fundem crian-d
Saiba maisNos anos em que me dediquei à poesia, muitos textos foram base, ou inspiração, para a produção que se alicerçava e se edificava nos caminhos da prosa, visto que os versos já se me apresentavam um tanto fracos e esmaecidos. Pensava eu como distantes, adoecidos ou, quiçá, obsoletos, fadados ao ostracismo... Eis que, de 1992 a 2021, contam-se 29 longos anos desde que iniciei minha (cogitada) caminhad
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Saiba maisDois anjos travam uma batalha particular na Cidade do México, década de 1970: Quet'zan, filho de uma deusa asteca e um anjo de Deus; e Morsath, rebento de uma humana com um anjo caído. Um tem a missão de cuidar de potenciais suicidas, buscando evitar a consumação do ato. O outro é facilitador da morte. Nesta luta entre bem e mal, uma nova Guerra das Flores é criada para trazer o reino dos mortos à
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