Germano Bran

Eu nasci escritor aos oito anos de idade quando li pela primeira vez um livro sem gravuras: "O Velho e o Mar". Ele tinha umas ilustrações pontuais aqui e ali e muito texto, para um menino, entre eles. Fiquei impressionado de "ver" todas as imagens da história criadas apenas por palavras! Aos 18 anos, decidi escrever e comecei a ler diversos romances. Entrei na universidade e estudei Letras. Nesse tempo, escrevi meu primeiro livro, "A terra do povo sem nome", ainda inédito. Nunca o publiquei. Anos depois, escrevi o romance que se tornaria meu livro de estreia: "Muito Além da Neblina". Com ele, fui laureado pela Academia Cearense de Letras com o Prêmio Osmundo Pontes de Literatura de Melhor Romance, em 2002. Em 2003, fiz uma concorrida noite de autógrafos e em 2004 fui convidado pela Globo para uma entrevista no Programa do Jô, o que promoveu o livro até no exterior. Um ano depois, escrevi meu romance que considero o mais ambicioso, "A novilha vermelha", sobre a construção do Terceiro Templo judeu em nossos dias. Diversas editoras quiseram publicá-lo, porém, nunca se concretizava. Em paralelo à minha profissão de redator publicitário, continuei escrevendo vários livros entre contos, poesias e, claro, romances como "Horizonte sem fim", "Corpo-Cárcere - O despertar de Akin", "Uma Selfie com Cristo", "Tanque Novo", o relato diário "A Quarentena - 80 dias sozinho entre lives, falidos e falecidos na pandemia do coronavírus" e, por último, "Caiena". Escrever, para mim, é uma questão de sobrevivência.