Nasci sob o Sol de Escorpião, natural de Tubarão/SC, descendente de italianos. Desde pequeno, criei uma paixão intensa pela Literatura e por tudo que transpire... arte. Leitor ávido, ganhei na minha cidade natal um concurso de redação em 1º lugar. O tema: “60 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos”. Era 2008 e, portanto, tinha 15 anos. Lembro ainda – e não estou romantizando este detalhe – que alguns familiares ficaram perplexos e outros nem gostaram da redação, porque minha escrita era muito formal para alguém tão jovem.
Momento. Após, fiquei estarrecido quando li “Ensaio sobre a Cegueira”, aos 16 anos, e toda a realidade fabulosa que Saramago descreveu de um mundo bem real e tão próximo. Esse foi o divisor de águas, enquanto me debruçava cada vez mais em livros e escritores vários.
Outro detalhe, ainda de momentos da juventude: assim como Clarice, também escolhi os livros pelas capas e títulos quando era pequeno. Mas, tudo bem se a idade é pouca. A partir daí, fui aprimorando, amadurecendo, compreendendo e sorvendo melhor o que o mundo da Literatura tem a oferecer a quem o busque!
Depois disso... bem... não parei de ler, porque assim a pessoa passa a existir. Usei disso como refúgio para ideias minhas, imaginação fervente. Sonhos, alguns. Objetivos, muitos. Bebi de minhas fontes: Clarice, Saramago, Fiódor, Kafka, Hesse, Camões, Platão, Márquez, Woolf, Ramos, Eco, de Melo Neto, Gullar, Matos Guerra, Machado. Até cartoons, especialmente Moore e Gibbons, passando pelos clássicos brasileiros: Ziraldo e Laerte. E da minha fonte acabo sendo!
Objetivos, pois, não podem parar. Joyce Carol Oates já bem disse que temos todos, ao menos, uma história para contar.
Atualmente, resido em Florianópolis/SC, ilha conhecida pelo seu bom folclore, cujo povo vívido e de gente com missões me inspiraram a escrever meu primeiro romance literário, “Rabiscos da Casa dos Pobres”. E, como devo dizer, o primeiro livro... de muitos que ainda virão!
Em um casarão velho, onde ninguém sabe de mais nada senão o solo tomado por terras secas e memórias que ficaram escritas nas paredes, moravam alguns paupérrimos. Espalhados em doze cubículos e todos preenchidos com histórias para lapidar. Aliás, poucos observadores dizem que quem lá habita acaba não saindo do terreno trancafiado pela Anciã dos amazelados, conhecida pelo seu bom nome, Dona Ladinha
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