A verdade é que nem eu sei quem sou, e passo todos os dias tentando me descobrir. O que posso lhe contar é que comecei a escrever com dezesseis anos, e hoje tenho vinte e quatro, e posso te assegurar que escrever não me torna inteligente demais, apenas maluca o suficiente para colocar para fora vozes da minha cabeça, que alguns chamariam de esquizofrenia, eu diria que tenho medo de dizer a uma psicóloga que essas vozes realmente existem, e elas me contam histórias, criam rostos, sons e nos trazem aqui, a esses livros.
Nascida em Guarulhos, casada desde os dezoito anos e vivendo meu Friends to Lovers e, às vezes, um Enemies to lovers, dona do cachorrinho mais travesso desse mundo, Cookie — sério, ele me deixa louca. Apaixonada por romances e não sendo nada romântica, movida a música mesmo cantando muito mal, da casa de Sonserina com um bizarro gosto para personagens de personalidade duvidosa — Hello, Mr. Darcy! —, e sempre encantada por vampiros que brilham, e histórias com vestidos bufantes e carruagens, além de muitas outras coisas.
Eu sou uma mistura muita louca dentro de mim mesma, mas posso te assegurar que nem vale a pena tentar entender, pois, como diria Alice no País da Maravilhas:
“Quem é você?” — perguntou a Lagarta.
“Eu... mal sei, Sir, neste exato momento... pelo menos sei quem eu era quando me levantei esta manhã, mas acho que já passei por várias mudanças desde então”. — respondeu Alice.