Rodrigo Fernandes

Sempre fui uma pessoa curiosa, questionadora. Desde cedo, o desejo de entender o real sentido das coisas me acompanhou, me levando a estudar, pesquisar e observar o mundo ao meu redor com olhos críticos. No entanto, com o passar do tempo, comecei a perceber algo desconcertante: os pilares essenciais da vida, que deveriam ser sólidos e imutáveis, pareciam mais um quebra-cabeça cujas peças não se encaixavam. Os valores que outrora sustentavam a sociedade começaram a se inverter, como se o certo estivesse gradualmente se tornando errado. Aqueles que proclamavam lutar pela justiça, muitas vezes, eram os mais injustos. Os que deviam ser a voz da verdade, eram justamente os que mais mentiam.

Foi nesse momento que minha jornada em busca da verdade começou. Uma busca que nunca terminou e que me levou a caminhos que muitos consideram inóspitos, ou até mesmo insanos. Descobri que aquilo que a grande maioria chama de "loucura" ou "teoria maluca" muitas vezes esconde verdades profundas e esquecidas, ou intencionalmente ocultadas. E, ironicamente, foi justamente nessa suposta loucura que as peças do meu quebra-cabeça começaram a se encaixar. Assim como está escrito nas Escrituras, “Mas o Criador escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir os sábios, e o Criador escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as coisas que são fortes” (1 Coríntios 1:27). E é nessa sabedoria divina, que aparenta ser contrária à lógica humana, que encontro sentido. Afinal, aquilo que não é, pode ser, e aquilo que é, muitas vezes, está longe da verdade.