André de Figueiredo traçou seu itinerário entre a reflexão filosófica, a prática do ensino e a espiritualidade. Formou-se em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, em 1999, detendo-se, posteriormente, nos campos da filosofia da ciência, da metodologia científica e da epistemologia, sempre dialogando com a filosofia oriental e seus estudos herméticos dentro da alquimia e da cabala.
Alguns anos depois, expandiu sua formação acadêmica ao concluir uma pós-graduação em Geologia do Quaternário pelo Museu Nacional da mesma universidade, fato que lhe outorgou uma visão ainda mais ampla sobre a relação entre ciência, filosofia, magia e teologia. Em 2007, concluiu também a Licenciatura Plena em Filosofia, consolidando sua vocação para o magistério. Como professor de filosofia, começou sua trajetória no ensino público em 2008, vindo a ser Docente da Rede Estadual do Rio de Janeiro, cargo que ocupa até hoje.
Sua jornada acadêmica também inclui a pesquisa. Entre 1996 e 1999, foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq, participando de um projeto orientado pelo professor Luigi Bordin (experiência que causou grande impacto em sua formação intelectual), onde investigou as relações entre filosofia e literatura, principalmente na crítica da ideologia. Esses anos de investigação culminaram em trabalhos apresentados em jornadas de iniciação científicas da UFRJ, nas quais versou a respeito de autores como Walter Benjamin e problematizou temas como linguagem, ideologia e ensaísmo filosófico-literário.
Assim, sua vida se construiu entre o rigor da investigação acadêmica e a senda do encanto. A espiritualidade, para ele, não se limita às religiões sectárias e fundamentalistas, mas se expande para uma visão universalista, para o diálogo entre tradições e para a inquietude espiritual de quem procura entender, com mais conhecimento de causa, a verdadeira condição da consciência humana.