Victor Morato
Um amor-de-todos-os-dias faz com que todos os dias sejam "incomuns", como qualquer outro.
Um pouco sobre mim
O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Coríntios 13:4-7O amor é um fenômeno interessante. Inegavelmente, uma força! Entretanto, tratá- lo apenas como força seria, no mínimo, apequená-lo. Ele é muito mais do que isso, e talvez nem possa ser definido sem incorrermos em arrogante pretensão.Nele, nos amalgamamos a pessoas, de forma que quando elas se vão das nossas vidas, deixam em nós fragmentos de vida, como um mosaico... nele, temos o poder de encontrarmos a nós mesmos nos ligando a outros; ou de possuir riquezas quanto mais se entrega delas; de desfrutar o presente como se não houvesse amanhã (pois de fato, não há. O futuro ainda não existe). Ele está muito além dos “Romeus e Julietas”, ou de ser apenas o que se vê nas comédias românticas açucaradas ou nos finais felizes das princesas imaculadas e seus príncipes sem pecados.Na verdade, não raro, ele deixa um sombrio amargo na boca. Ele também é barulhento, grita raivoso às vezes! Mas é uma injúria tratá-lo como “cego”, como alguns o dizem: ele é visionário! No mundo, há muitas imitações do amor, algumas muito convincentes. De fato, somente se falsifica aquilo que tem valor.Essa coletânea não nasceu para ser livro. Os escritos são reminiscências de honra, amizade, carinho, paixão, tristezas, memórias e dor... são fotografias da alma em um dado momento do tempo, congeladas em cartas e poesias, passadas para o papel e dadas de presente para quem se ama, às vezes, acompanhadas de uma rosa, dedicada com um riso ou lágrimas; celebram o hoje-de-todos-os-dias, a rotina com os que amamos, às vezes tão desprezada; os “dias incomuns, como todos os outros”.São palavras dadas como confissões de amor, sob a forma de pedacinhos de alma, ao cônjuge, aos pais, aos filhos, ao nosso Deus. Esse último, o autor da vida e do próprio amor, de onde emanam todas as coisas.