Joelson Dos Santos Silva

Joelson Dos Santos é poeta por essência e escolha. Sua relação com as palavras nasceu ainda na infância, alimentada pelo carinho e incentivo de pessoas que, mesmo sem plena formação acadêmica, compreendiam o valor transformador da leitura e da sensibilidade.

Uma das figuras mais marcantes em sua formação foi sua avó, Tereza Semaleski, que, mesmo sem dominar completamente a leitura, fazia questão de incentivar os netos a ler. Sentava-se ao lado deles com livros nas mãos, mesmo sem lê-los por completo, apenas para vê-los crescer com a imaginação viva. Foi dela que herdou o amor pelo papel, pela escuta atenta e pela emoção que vive nas entrelinhas.

Seus pais, pastor Antônio Cunha e Gecilene Semaleski, também foram pilares fundamentais. Ainda menino, Joelson foi cercado de histórias infantis, livros coloridos e momentos de leitura compartilhada, onde a fé, o afeto e o conhecimento se entrelaçavam. Esses gestos simples, mas poderosos, deixaram raízes profundas que floresceriam em forma de poesia.

Aos 14 anos, tudo se transformou quando, em uma visita à biblioteca da Escola São Luiz Gonzaga, encontrou um livro de poesia. Aquela leitura mudou seu modo de ver o mundo. A poesia não era só bela — era ponte, era fuga, era reencontro. Desde então, escrever tornou-se não apenas um hábito, mas uma necessidade da alma.

Entre suas grandes inspirações, destaca o poeta acreano Mauro Modesto, cuja sensibilidade e visão de mundo ecoam em seus próprios versos. Do poeta, guarda como guia o verso: “Caminhar sobre as águas é ilusão de quem sonha”, uma lembrança de que o sonho precisa de chão, mas a poesia nos permite flutuar com os pés firmes.

Hoje, Joelson escreve para dar voz ao que muitos sentem e não sabem nomear. Seus poemas nascem do cotidiano, das escolhas silenciosas, do tempo que passa e das emoções que permanecem. Em cada verso, ele estende a mão ao leitor e diz — com suavidade e verdade — que a vida é feita de caminhos poéticos.