Quando nascemos, não sabemos o que a vida nos reserva. Mas, se você não tem cabelos lisos nem pele branca, cedo demais descobre que o mundo não foi feito para te acolher.
O racismo não é apenas uma palavra nos livros de história — ele molda olhares, nega portas e tenta apagar sonhos. Mas, como disse Conceição Evaristo, “eles combinaram de nos matar, e nós combinamos de não morrer”.
Graças aos meus pais, aprendi que é preciso lutar e ser melhor — sem perder a magia, a leveza e a beleza que resistem em nós.
Ler e escrever, para mim, é um ato de liberdade. É navegar em dragões, tocar as nuvens, deixar o planeta e mergulhar até o fundo do mar. É empunhar espadas e carregar animais falantes. É chorar, rir, ser forte, vencer o mal… mas, acima de tudo, é aprender e ensinar.
Meus pais sempre me leram histórias e me incentivaram a ler, a dançar, a ouvir música. Hoje, escrevo para que outras pessoas, como eu, possam se ver nas páginas, reconhecer sua força e se lembrar que suas histórias importam.
Se um dia você perder a fé, sentir medo, ficar triste ou apenas quiser viajar, pegue um livro — quem sabe o meu — e mergulhe. Faça parte deste mundo onde palavras curam, denunciam e também abraçam.
Este é mais do que um livro: é uma porta aberta para quem já entendeu que viver é resistir e sonhar. Boa viagem.