Tenho 56 anos e muita história para contar. Nasci no dia do estudante, do
advogado, do garçom e da televisão. Isso pode significar muitas coisas. O ano
era 1966 e minha família já era composta por três irmãos e, após minha chegada,
outros três vieram para completar. Meu pai, Fabianir, era caminhoneiro e minha
mãe, Tereza, ainda é, do lar. Meus avós paternos moravam conosco e alguns
agregados iam e vinham.
Morei até os 40 e poucos anos na mesma casa, na mesma rua, no mesmo
bairro. Cresci jogando bola, pulando amarelinha e lendo. Minha distração
preferida sempre foi ler e, com isso, minha imaginação foi sempre fértil. Da
leitura à escrita – textos curtos, tímidos, íntimos – experimentei ainda as
outras artes: desenho, teatro, pintura, música.
Aos 20 anos, inicio minha carreira como professor. Hoje sou servidor do
Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), campus Cachoeiro de Itapemirim,
lecionando Língua Portuguesa, Literatura e Artes. Como estudante, cursei desenho técnico e
magistério, Letras/Literatura e Artes Visuais, especializações em Literatura
Brasileira e em Arteterapia, cursando ainda mestrados em Ciências da Educação e
em Artes da Cena e, atualmente, doutorado em Educação.
Fui ator de teatro no grupo Se Der Jeito a Gente Faz por cinco anos e
produzi também eventos artísticos-literários-educacionais nas escolas por onde
atuei, em especial no Instituto de Pesquisas Educacionais (IPE).
Em 2022, entro para a Academia Independente de Escritores e Poetas
(AIDEP), e escolho como patrono Rubem Braga e, no mesmo ano, sou eleito
membro da Academia Cachoeirense de Letras (ACL), cujo patrono é Achilles Vivacqua.
Desde sempre tenho textos
publicados em coletâneas e em redes sociais, sendo Fragmentos Poéticos e outras
escritas meu primeiro livro de publicação individual.
Por essa trajetória (que ainda
continua), considero-me um artista experimental – transitando e experienciando
um pouco da Arte, em suas linguagens – teatro, dança, pintura, literatura,
artesanato, desenho – em busca de possiblidades de desfrutar do prazer que é
viver e viver com arte.
Roberto de Oliveira, 2023
Quem se atreve a fazer poesias? Quem ousa expressar sentimentos em palavras soltas, confiante de que elas se bastarão?! Esta é a experiência deste livro. A Poesia possivelmente é o desafio maior do escritor no contexto marcado pela concretude da realidade pós moderna. O professor Roberto Carlos, com a identidade solidamente construída em anos de genial docência, ousa, expõe-se, solta suas palavras
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