Shalom, sou um pesquisador independente dedicado à investigação da veracidade das informações extraídas da Bíblia e relacionadas a ela. Como servo de Yahváh Deus e discípulo de Yeshúa o Messias e do Espírito de Santidade, meu objetivo é restaurar as raízes Messiânicas da fé, sem judaizar, e também a raiz aramaica síriaca. Ambas as raízes estão intrinsecamente ligadas à "Kenesyah" (Igreja, Congregação = Reunião de Yah), conforme descrito nos "Atos dos Apóstolos".
Atualmente, não estou afiliado a nenhuma denominação ou sinagoga, o que me confere liberdade para trabalhar na restauração das raízes Messiânicas da fé em qualquer lugar, conforme a orientação do Espírito de Santidade. É importante destacar que, embora não seja necessário pronunciar todos os nomes bíblicos no idioma original, considero fundamental a menção dos três nomes sagrados: o Todo-Poderoso e Senhor dos Exércitos, "Yahváh"; nosso Senhor e Salvador, "Yeshúa"; e o Santíssimo e Consolador, "Espírito de Santidade". Para aqueles que verdadeiramente os amam, esses nomes são de suma importância.
O bigrama “YAH” ( יָהּ / יָה ) representa a forma mais antiga do Nome de Deus em Hebraico. Essa forma primária, no entanto, não está completa, tornando-se plena somente com a revelação do Nome Pleno a Moisés na sarça ardente, conforme descrito em Êxodo 3:13-15.
A forma YAH (יָה) (sem daguesh) foi encontrada em jarras na cidade de Jericó e Samaria.
YAH ( יָהּ / יָה ) - Um está com o sinal massorético daguesh e o outro não. O uso do sinal massorético é uma particularidade, devido à observância dos massoretas no sufixo YAHU (Yarru), que surgiu por volta do século X a.C. O mesmo Hê (ה) do sufixo anterior YAH (יה), que tem o som de A longo, no sufixo posterior YAHU (Yarru), essa letra Hê (ה) se comporta como a consoante H com som de "erre" fraco.
Uma análise no nome de Isaías ou Jesaías em Hebraico YeshaYAH (ישעיה), que ocorre 39 vezes no Antigo Testamento (alguns exemplos: 2 Reis 19: 2, 5, 6 / 1 Crônicas 3:21; 25:3, 15 / Esdras 8:7, 19 / Neemias 11:7 / Isaías 1:1; 2:1; 7:3; 13:1; 20:2,3), e também nos manuscritos escritos do Mar Morto somente com o sufixo YAH e nunca como YAHU (יָהוּ), mostra que o Hê (ה) de YAH (יה) tem o som de "A" longo devido a estar no final da sílaba e não tem o sinal massorético daguesh.
O nome “YAH” (יה) é composto por duas consoantes hebraicas, o Yod (י) e o Hê (ה), que também funcionam como consoantes vocálicas quando estão no final de uma sílaba. Neste caso, a palavra é monossílaba, e o Hê (ה) é a única consoante no final da sílaba, indicando a vogal primária “A” longa. Essa vogal é representada e preservada pelo sinal Massorético Kamats ( ָ).
O nome YAH (יה) é composto pelas primeiras letras de YHVH (יהוה). (Enciclopédia Judaica: https://www.jewishencyclopedia.com/articles/11305-names-of-god)
A Enciclopédia Judaica sustenta que "YAh" (יה) é formado pelas primeiras letras do Tetragrama, e não pela primeira e última, como alguns afirmam, o que está em perfeita consonância com a regra das consoantes vocálicas.
As enciclopédias que tratam da forma “YAH” (יה), incluindo a Enciclopédia Judaica, concordam que “YAH” (יה) corresponde à primeira sílaba do Tetragrama “YHVH” (יהוה).
A regra da distinção silábica é fundamental para compreender a estrutura das palavras hebraicas. No caso do Nome YAH (יה), essa regra determina que a quantidade de vogais plenas em uma palavra corresponde ao número de sílabas. O sinal massorético Kamats gadol ( ָ ) representa a vogal plena “A” em YAH (יה), evidenciando gramaticalmente que essa palavra é monossilábica. Assim, YAH (יה) é composto por duas consoantes e uma vogal, sendo sua transliteração correta para o português Y+A+H.
Dos 120 nomes que contêm “YAH” (יה) no Antigo Testamento, apenas 58 apresentam a forma expandida “YAHU” (יהו). Essa observação demonstra a preferência pela forma “YAH” em comparação com a forma expandida “YAHU”.
O bigrama YAH (יה) é encontrado pela primeira vez em Gênesis 22:2, onde serve como prefixo no nome Moryah (מריה). Posteriormente, ele é mencionado de forma independente em Êxodo 15:2, além de aparecer em diversos outros lugares das Sagradas Escrituras.
O termo “YAH” (יה) é encontrado exclusivamente em nomes judaicos como sufixo, isto é, ao final da palavra, nunca como prefixo, ou seja, no início da palavra.
O termo Hebraico “הללויה” (HaleluYah) incorpora o Nome “Yah” (יה) e é transliterado para o grego como “Ἁλληλουϊά” (Allelouia). No entanto, a transliteração para o grego apresenta alteração devido à ausência do “H” com som de “erre” em grego, que é o equivalente da letra hebraica Hê (ה) no início e final do termo. Esse representante não existe no grego, resultando na perda da pronúncia “Hale” (pronunciado “rale”). Assim, a transliteração grega apresenta o som “ale” na primeira sílaba, levando à forma “Aleluia” em português.
A segunda sílaba LUYAH (לויה) de HALELUYAH nunca aparece com a terceira letra do Tetragrama chamada Vav (ו) no final, isso evidência gramaticalmente que o Vav (ו) foi encorporado posteriormente ao termo YAH (יה) que formou o sufixo YAHU (יָהוּ), mas originalmente era somente YAH.
De arcodo com a tradição judaica, o Nome Sagrado voltaria a ser pronunciado depois da redenção promovida pelo Messias.
(Talmud Bavli, m. Pessachim 50ª)
O termo “Tetragrama” é de origem grega cujo significado se tem (Tetra = 4) + (Grama = Letra) ou seja significa 4 letras, é usado para se referir ao Nome de Deus em Hebraico YHVH (יהוה)
O Nome divino em Hebraico, YHVH (יהוה), segue a antiga regra gramatical das consoantes vocálicas. Segundo essa regra, o VAV (ו) e o Hê (ה) têm som de consoante no início de uma sílaba. No entanto, no final de uma sílaba, o Vav assume o som de “O” ou “U”, e o Hê, quando está no início, tem um som de erre fraco, similar ao “H” do inglês. No final, o Hê tem o som de “A” longo, podendo ser representado consonanticamente, se necessário, por A+H=“AH”.
O Tetragrama (יהוה) é formado de duas sílabas 1°→YH (יה) e 2°→VH .(וה) (Page H. Kelley, hebraico Bíblico, uma Gramática introdutória, 8° Ed. 2011, pg. 41 – 44. | Allen. P. Ross, Gramática Hebraico Bíblico, 2001, pg. 38 – 31.)
O Nome H”V (ה”ו) é declarado como sendo a parte intermediária ( ou seja o meio; final da primeira sílaba e início da segunda) de YHVH e uma forma abreviada do Nome (Enciclopédia Judaica, Shab. 104ª; Suk. IV. 5)
Texto original:
ה״ו — זֶה שְׁמוֹ שֶׁל הַקָּדוֹשׁ בָּרוּךְ הוּא.
Tradução:
H”V - Este é o Nome do Santo, bendito seja Ele.
O Tetragrama YHVH (יהוה), o nome divino no Antigo Testamento composto por quatro letras, é analisado segundo a estrutura silábica do Hebraico. É formado pelas sílabas “YH” (יה) e “VH” (וה), cuja separação é indicada pelo sinal entre as letras Hê e Vav (ה״ו).
Essa estrutura reflete a distinção silábica do hebraico, em que o Hê (ה) é a última letra da primeira sílaba e o Vav (ו) inicia a segunda sílaba. Assim, qualquer proposta de nomenclatura original para o Tetragrama deve ser composta por duas sílabas e respeitar essa regra gramatical, que revela a pronúncia original do nome divino.
A Enciclopédia Judaica afirma que a primeira metade “YH” (יה) do Tetragrama (יהוה), pronunciada como YAH (יָה), constitui a primeira sílaba. Essa informação é corroborada pela gramática hebraica e por diversos professores de Hebraico. Assim, a segunda sílaba é composta por Vav e Hê “VH”(וה). O Vav, estando no início da segunda sílaba e seguindo a regra das consoantes vocálicas, que são anteriores aos sinais massoréticos, mantém o som de consoante “V”.
O Hê, novamente no final, tem o som de “A”. Devido ao fato de o Hê ser uma exceção que não fecha a sílaba, deve-se adicionar a representação consonântica de “H” ao som vocálico de “A”, resultando em “AH”. Se for o final de um nome, adiciona-se um acento, ficando “ÁH”.
Portanto, o Nome original, antes da introdução dos sinais massoréticos, é YAHVÁH. Quando esse nome é inserido no sistema massorético, deve seguir obrigatoriamente a estrutura gramatical (יַהְוָה). No entanto, é pronunciado como se tivesse a estrutura gramatical (יָהוָה). Contudo, essa forma escrita (יָהוָה) não corresponde adequadamente à gramática do Hebraico, por isso, não pode ser usada.
William Smith LL. D., escreveu em seu “Dicionário da Bíblia” de 1863, pg. 955, que a forma “Yahváh”(יַהְוָה) é uma possível pronúncia original do Tetragrama. (Wilian Smith; lexicógrafo, linguista, filólogo clássico, escritor)
“Portanto, há pelo menos 161 anos, a nomenclatura YAHVÁH (יַהְוָה) já era registrada em um Dicionário Bíblico, demonstrando que tal não constitui uma estrutura gramatical de cunho recente.”
“O Tetragrama não deriva de um substantivo, mas sim de um verbo, que é ‘Ehyeh’(אהיה) “Eu Sou, Eu Serei”, conforme apresentado em Êxodo 3:14. O verbo ‘Ehyeh’ (אהיה) é a forma imperfeita da raiz verbal primitiva ‘Hayáh’ (היה), originária da forma arcaica ‘Haváh’ (הוה). Assim, o último ‘Hê’ (ה) indica a vogal final ‘A’, resultando em ‘AH’, devido à representação consonântica com o ‘H’.”
Todos os nomes próprios judaicos no Antigo Testamento em Hebraico que terminados com Vav (ו) + Hê (ה) tem a pronúncia original de “VAH” (וָה), vejamos exemplos: Alvah (עַלְוָה) em Gênesis 36:40, Yishvah (יִשְׁוָה) em Gênesis 46:17, Tiqvah (תִּקְוָה) em 2 Reis 22:14.
Portanto, visto que o final de nomes próprios sempre terminavam com a pronúncia “VAH”, temos a indicativa gramatical que o Vav seguido do Hê no final da sílaba é pronunciado originalmente como “VÁH”(וָה) e nunca como “UH”, “UAH” (WAH) ou UEH”(WEH)!
A Grammar of Epigraphic Hebrew, páginas 59 – 60, onde é observado que o Hê (ה) final (na última letra do Tetragrama um H) pode representar um “A” longo em epigrafia hebraica, a saber, no Hebraico encontrado em antigas inscrições. . .
A Sociedade Bíblica Arqueológica sugerem que a última vogal do Tetragrama é “Á”.
(Sociedade Bíblica Arqueológica, novembro, 1892, pág. 13).
No Códice de Leningrado, que é o mais antigo manuscrito completo em Hebraico, encontramos uma referência à forma fonética “Yahváh” em Salmos, no Capítulo 144:15.
אַשְׁרֵי הָעָם שֶׁכָּכָה לּוֹ אַשְׁרֵי הָעָם שֶׁיֲהוָה אֱלֹהָיו׃
Feliz o povo a quem é assim! Feliz é o povo cujo Deus é YaHVÁH.
No Salmo a forma é “YaHVÁH”( יֲהוָה ), enquanto na regra antiga a forma é “YAHVÁH”( יַהְוָה ). A diferença entre elas reside na primeira vogal, sendo uma semivogal “a” chamada de Hataf Patah ( ֲ ), e na ausência de um Shevá mudo ( ְ ) na segunda letra para marcar o final da primeira sílaba. No entanto, é importante ressaltar que essa diferença não altera a pronúncia “YAHVÁH”.
“No templo se diz o Nome como está escrito e na cidade com o seu apelido.
Aba Shaul diz: Também quem pronúncia o Nome Com Suas Letras”.
(Mishnáh, Sanhedrin 10:1)
Na Mishná está escrito: “No Templo se diz o Nome como ESTÁ ESCRITO”…
(Mishnáh, tratado sota, capítulo 7)
Observe que a Mishnáh afirma que a fonética original do nome de Deus em Hebraico, é extraído literalmente das letras que compõem o nome sagrado.
Contudo, um grupo de estudiosos se destaca por não se deixar influenciar pelo que o ambiente acadêmico estabeleceu como a forma “YAHWEH” para o Tetragrama (יהוה). Esses estudiosos, especializados em explorar os detalhes mais profundos, incluem o professor de Hebraico e historiador Cássio Cleiton Moraes, juntamente com Fabio Sabino, professor de Hebraico e doutor em Divindade pela ULC; o Pastor Kerciton Oliveira, do Ministério Evangelístico a Caminho de Sião; o Pastor Luis F. Guerreiro, do Exército Celestial; o Evangelista Lucas Rodrigues, da Geração da Palavra; e o apologeta Edison, do Fogo na Seara dos Filisteus. Surpreendentemente, até o ateu Antônio Miranda, conhecido pelo seu destaque entre os ateístas, defende a pronúncia “YAHVÁH” como sendo a original da época de Moisés. Além disso, o Rabino e sacerdote Iitzhak Levy, pertencente à tribo de Levi, argumenta que a terceira letra do Tetragrama, ‘Vav’, representa a consoante ‘V’. Para aprofundar nessas perspectivas, vídeos de todos eles estão disponíveis no meu canal ‘Hebraista007’ no YouTube.
O Professor Judeu J.H. Levy, rejeita o “vosso YAHWEH”(יַהְוֶה), em seu artigo publicado em 1903 em The Jewish Quarterly Review.
Rolf Furuli , Professor de línguas semíticas na Universidade de Oslo, rejeita a forma “YAHWEH”(יַהְוֶה).
É de suma importância ressaltar que a pronúncia original do Tetragrama como “YAHVÁH” não implica necessariamente em mudanças na pronúncia de nomes como Yehudáh (יהודה). Isso se deve ao equivocado raciocínio de que, por as três primeiras letras do Tetragrama – “Yod, Hê e Vav” – formarem a estrutura escrita “YAHV”, toda nomenclatura que contenha essas três letras deve adotar obrigatoriamente a mesma estrutura “YAHV”, resultando em YAHVDÁH. Esta concepção é baseada em nomes inventados e híbridos, sendo incompatível com a gramática do Hebraico.
Lamentavelmente a grande maioria tanto de judeus como de não judeus desconhece o fato de que o Nome de Deus era conhecido até mesmo pelos gentios, leia: Salmos 79:6; 139:20.
“Pois os teus inimigos falam malvadamente contra Ti, e usam o teu Nome de forma vil.” Percebeu? Originalmente estava assim. Eles usavam O Nome. E se usavam é porque conheciam.
GRAMÁTIÁTICA DO VAV
A transliteração correta do Tetragrama ( יהוה ) é “YHVH”, sendo a transliteração “YHWH” considerada uma forma americanizada. Mesmo em inglês, a transliteração mais precisa seria com “V” representando a terceira consoante do Nome em Hebraico, uma vez que a fonética do “V” é praticamente idêntica à do “Vav”.
O VAV (ו) tem o som de V, ainda que aqui seja transliterado pela letra W.
(Gramática Instrumental do Hebraico, pg. 24)
O Manual de Estudo Hebraico Samuel Bagster; “O Alfabeto” Página 3: “Vav é igual a V.” Não há “W” ou duplo “U”.
O Vav ou Vaw representamos uniformemente por V quando consonantal. Os compêndios alemães ou inglêses o representam geralmente por W.
(Gramática Elementar da língua hebraica, Por Guilherme Kerr, pg 22)
O (ו) ou (וּ) , tem o nome de “Vav” e o som de “V”. (Hebraico Bíblico © 2019 Editora Cultura Cristã )
Organização da Língua Hebraica Antiga”: Este termo refere-se à estrutura gramatical do Hebraico utilizado durante a época de Moisés. Observamos, assim, uma evidência concreta de que o Vav (ו) sempre foi pronunciado como “V”.
Fonética do Vav: A pronúncia original da letra Vav (ו) em Hebraico é uma consoante labiodental fricativa sonora, é 99,99 % igual ao som do “V”. Enquanto o “W” é uma semivogal ou consoante aproximante labiovelar, que não corresponde ao som original da letra hebraica.
Iαβα (Yaba) ocorrem com frequência, “aparentemente a declaração samaritana do tetragrama YHVH (יהוה)”. (Enciclopédia Britânica)
Ιαβα (Yaba) transcrição grega do Tetragrama!.. A nota de rodapé nº 9 da página 312 do EB de 1911 diz: “Ver Deissmann , Bibelstudien , 13 sqq.
Observe que a transcrição grega utiliza a letra grega Beta (β) para representar a terceira consoante do Tetragrama. Essa letra é equivalente à letra hebraica Bet (בּ), que possui o som de “B” e essa mesma letra é chamada de Vet ( ב ) quando possui o som de “V”. No idioma grego, que não possui o som de “V”, o Beta (β) é a escolha mais próxima devido à sua equivalência com o Bet (בּ)como Vet (ב) Hebraico. Assim, a própria gramática do grego, ao transcrever o Nome de Deus em Hebraico, atesta a favor da terceira consoante do Tetragrama, Vav (ו), como uma consoante “V”.
Ora, como no grego não havia uma letra que correspondesse ao som do “V”, então eram usadas as letras upsilon (υ), beta (β) e as vezes omega (ω) para suprir essa falta. O nome do rei Davi, por exemplo, era grafado de duas formas: Δαυιδ (Dauid) ou Δαβιδ (Dabid). Compare, por exemplo, o nome em Mateus 1:1 no texto grego compilado por Nestle Aland (Δαυιδ = Dauid) e o Textus Receptus (Δαβιδ = Dabid).
O fato de essa variação aparece somente no Novo Testamento e não no Antigo é atribuído aos tradutores do Antigo Testamento (Septuaginta) em Grego que tinham uma abordagem diferente da dos autores do Novo Testamento em Grego, resultando em menos adaptações fonéticas nos nomes Hebraicos.
Nehemyah Gordon, renomado presidente do Instituto de Pesquisa de Manuscritos da Bíblia Hebraica, e especialista com mestrado em Estudos Bíblicos e bacharelado em Arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, compartilhou uma interessante informação sobre a pronúncia da letra vav ( ו ) em diferentes comunidades judaicas.
Em uma conversa com um proeminente membro da Academia de Língua Hebraica, Gordon destacou como comunidades como os judeus yemenitas e líbios, que têm o árabe como língua principal, pronunciam o vav como “W” (uâ), influenciados pelo árabe. Por outro lado, comunidades como as de Damasco e Alepo, que pronunciam o vav como “V”, estão, segundo ele, preservando a pronúncia original Hebraica.
Eleazar HaKallir (c. 570 – c. 640) foi um poeta judeu que viveu em Israel há cerca de 1500 anos. Em seus poemas, ele rimava a palavra Levi com Navi (profeta). Nos poemas de El’azar Kalil, há uma sequência de palavras terminadas com “vi”, “vi”, “vi”, “vi” e, por fim, Navi (נָבִיא) rimando com Levi (לֵוִי) , que não poderia ser lida como “Leui” (Lewi). Essa pronúncia foi posteriormente criticada por judeu com influência árabe, cerca de 700 anos após os escritos de El’azar Kalil. Isso ocorreu devido à influência da pronúncia árabe sobre a comunidade judaica em séculos posteriores.
Isso se evidencia na falta de sentido em se fazer um jogo de palavras na estrutura de um poema judaico de Kellir entre o “vi” (וִי) de “Levi” (לֵוִי) – em que o Vav (ו) é pronunciado como “V” – e o “vi” (בִיא) de “Navi” (נָבִיא), em que o Bet (בּ) é pronunciado como Vet (ב), com o som de “V”.
“O ilustres comentaristas bíblicos e filósofos judeus Abraham Ibn Ezra diz: ...as obras de Kallir são uma continuação orgânica do Hebraico Antigo”...
No Hebraico, o Vav (ו) não era originalmente um “U” (W), como indicado pela presença de palavras que combinam a sílaba Vav com o qubuts ( ֻ ), resultando em “VU” ( וֻ ), como em “qevutsáh” ( קְוֻצָּה ), que tem duas sílabas. Por exemplo, em “qevu” ( קְוֻ ), o Vav seria um “U” (W), resultando em duas vogais plenas “qeUU”. No entanto, a gramática hebraica estabelece que apenas uma vogal plena é permitida por sílaba, o que indica que o Vav sempre foi considerado um “V” e funcionava apenas como vogal (U, O) no final de uma sílaba.
A aplicação do Vav como vogal “U” (W) foi refutada pela própria gramática do Hebraico na palavra qevutsáh, o que demonstra a superficialidade e a falta de consistência gramatical dessa teoria.
No Antigo Testamento em Hebraico, as sílabas que são formas do Vav (ו) e uma vogal plena refutam eficazmente a teoria de que o Vav era originalmente um “U” (W). Isso ocorre porque a regra das sílabas no Hebraico, desde a sua origem, estabelece que uma sílaba só pode conter uma vogal plena. É a presença dessa vogal plena que define uma sílaba no Hebraico, ou seja, o Vav não pode exerce o som vocálico pleno de U (W) compondo uma sílaba que já tem uma vogal plena; por isso, é inpossível gramaticalmente as estruturas UH, UAH (WAH) ou UEH (WEH) na segunda sílaba do Tetragrama.
Desafio qualquer um a encontrar uma única palavra hebraica no Antigo Testamento em Hebraico que tenha uma sílaba onde o Vav (ו) esteja no início com o som da vogal “U” (W). A ausência de tal exemplo confirma a inexistência dessa estrutura na gramática do Hebraico arcaico e bíblico, reforçando que as pronúncias que atribuem ao Vav do Tetragrama o som da vogal “U” (W) são conceitualmente equivocadas.
A teoria que propõe a pronúncia original do Vav Hebraico como “U” (W) é contradita pela própria estrutura gramatical da língua hebraica. Um exemplo elucidativo é a palavra “Za’avan” ( זַעֲוָן ), composta por duas sílabas: Za ( זַ ) + avan ( עֲוָן ). Se considerarmos o Vav ( ו ) como originalmente representando um “U” (W), a segunda sílaba seria lida como “auan” ( עון ), o que entra em conflito com as regras gramaticais hebraicas que afirmam que uma sílaba só pode conter uma vogal plena. Na segunda sílaba, o “A” final já representa uma vogal plena, conhecida como “Kamats Gadol” ( ָ ), que é um “A” longo. Assim, se o Vav ( ו ) fosse realmente um “U” (W), representaria outra vogal plena, o que violaria as regras silábicas do Hebraico. Portanto, a própria gramática hebraica refuta a possibilidade de o Vav ter sido originalmente um “U” (W) e também refuta a afirmação que o som de “V” foi introduzido posteriormente no Vav.
A teoria que postula a pronúncia original do Vav Hebraico como “U” (W) é contrariada pela própria estrutura lexical da língua hebraica. Um exemplo ilustrativo é a palavra “Gav” ( גַּו ), que significa “costa”, e outra palavra com o mesmo significado, “Gav” ( גַּב ).
diferença entre elas reside na última letra, sendo que a primeira tem um Vav ( ו ) com som de “V” no final, enquanto a segunda tem um Vet ( ב ) que também tem o som de “V”. Esta distinção indica que o som original do Vav era de fato “V” e não “U” (W). Se o som original do Vav fosse verdadeiramente um “U” (W), a gramática hebraica exigiria a existência de uma palavra com o som de “U” (W) no final, com o mesmo significado, para confirmar a originalidade do Vav.
No entanto, não encontramos tal palavra com o som de “U” (W) no final e com o mesmo significado. Portanto, a estrutura linguística do Hebraico contradiz a ideia de que o som original do Vav ( ו ) era um “U” (W), sustentando, em vez disso, que seu som original era de fato um “V”.
Existem questões significativas que indicam que a afirmação de que o Vav originalmente seria um “U” (W) é uma falácia sem comprovação sólida. Vamos analisar essas questões de forma mais detalhada:
• Não há duas Consoantes Vocálicas com sons de vogais sendo o Vav no início da sílaba.
• O “Imot Hakry’ah” (Mães de Leitura) afirma que uma Consoante Vocálica só tem som vocálico no final de uma sílaba.
• Todas as gramáticas e a tradição judaica afirmam que o alfabeto Hebraico é consonantal, ou seja, todas as letras são consoantes. Porém, se o Vav (ו) no passado era originalmente um vocálico “U” (W), então o alfabeto não é consonantal. Se o Vav é uma semiconsoante, ele se torna mais sonoro, o que autentica uma semiconsoante como originalmente uma vogal e não mais uma consoante, resultando em uma contradição linguística sobre o tipo real do alfabeto Hebraico.
O TRIGRAMA YOD HÊ VAV
O trigrama YHV (יהו) no hebraico possui três pronúncias distintas. A primeira é como prefixo YEHU (יְהוּ), cuja primeira aparição ocorre em Gênesis 26:34, referindo-se à nomenclatura YEHUDÍT (יְהוּדִית). A segunda pronúncia é YEHO (יְהוֹ), que aparece pela primeira vez em Êxodo 17:9, referente à nomenclatura YEHOSHUA (יְהוֹשֻׁעַ). Já o sufixo YAHU (יָהוּ), cuja pronúncia é Yarru, não é encontrado na Toráh (os cinco primeiros livros da Bíblia) e foi estabelecido apenas no século IX a.C. Sua primeira aparição ocorre em 2 Samuel 8:18, nome BENAYAHU (בְּנָיָהוּ).
O primeiro trigrama "YEHU", posicionado como prefixo, possui essa pronúncia devido à sua composição com três letras hebraicas: Yod, Hê e Vav, formando uma única sílaba. O fato de o Vav estar no final desse prefixo, sem que haja uma vogal antes, torna obrigatório gramaticalmente que o Vav, como consoante vocálica, seja uma vogal primária "U" ou secundária "O" em casos de contração ou enfraquecimento da vogal primária. A própria gramática hebraica escolheu o som primário de "U" para o Vav (ו) no final desse prefixo. Assim, a letra Hê é obrigada a ser pronunciada como consoante, com o som de erre fraco, mas representada graficamente como H. Apesar de o Hê (ה) ser uma consoante vocálica, por não estar no final da sílaba, ele não pode deixar de ser uma consoante e assumir o som de vogal. A regra da distinção silábica no hebraico afirma que uma sílaba é definida por uma vogal plena, podendo uma semivogal fazer parte de uma sílaba que já possui uma vogal plena. O Vav, como vogal "U", é uma vogal plena, permitindo que nesse prefixo, que é uma única sílaba, tenha uma semivogal. A gramática do Hebraico escolheu a semivogal Shevá ( ְ ), com o som bem fraco de "e", devido ao Yod (י) ser a primeira consoante desse prefixo, equivalente ao som de "Y" como consoante vocálica, com os sons primário "I" e secundário "E". No entanto, o Yod não está no final de uma sílaba para poder assumir o som de vogal, então, faz indicação indiretamente do som de "e". No Hebraico, há duas semivogais com som de "e", sendo o Shevá a mais indireta. Portanto, gramaticalmente, não é possível que o trigrama YHV (יהו), como prefixo, tenha o som de YAHU (Yarru), mas sim o som de "YEHU".
O segundo trigrama "YEHO", posicionado como prefixo, apresenta essa pronúncia devido à sua composição com três letras hebraicas: Yod, Hê e Vav, formando uma única sílaba. O fato de o Vav estar no final desse prefixo, sem que haja uma vogal antes, torna obrigatório gramaticalmente que o Vav, como consoante vocálica, assuma uma vogal primária "U" ou secundária "O”. No caso específico de Yehoshua (יְהוֹשֻׁעַ), o Vav (ו) é influenciado pelo Vav de Hoshea (הוֹשֵׁעַ), já que o nome Yehoshua tem origem no nome Hoshea. Assim, o Vav desse prefixo possui o som de "O". O restante da estrutura gramatical do prefixo segue os mesmos princípios descritos no prefixo "YEHU".
O termo "YAHU", encontrado em terceira posição como sufixo, possui essa pronúncia devido à sua composição inicial com duas consoantes, Yod e Hê, ambas consoantes vocálicas. No entanto, somente o Hê exerce o som de consoante vocálica, com o som primário de "A" e, às vezes, o som secundário de "O" ou "E" em casos de contração ou enfraquecimento da vogal primária "A". Não há, contudo, motivo gramatical para essa contração ou enfraquecimento, o que garante a manutenção da vogal primária "A" juntamente com sua representação consonântica de "H", formando assim o termo "YAH".
Por exemplo, a forma "YeshaYAHU" (Isaías) surgiu apenas no século IX a.C., enquanto a forma arcaica desse nome é "YeshaYAH". É interessante notar que essa forma arcaica possui como sufixo "YAH", correspondendo à primeira metade do Tetragrama, conforme confirmado na Enciclopédia Judaica. Isso significa que "YAH" é parte do Nome YAHVÁH presente em diversos nomes, revelando uma consistência notável na tradição linguística e espiritual.
Por volta do século IX a.C., o Vav foi acrescentado ao final da estrutura "YAH", que já existia desde Gênesis 22:2 como sufixo no nome "Moryah" (מריה). Por estar no final desse sufixo sem uma vogal antes, gramaticalmente, é obrigatório que ele abandone seu som de consoante "V" e assuma o som da vogal primária "U". Assim, a letra Hê é obrigada a permanecer como consoante com o som de "R" fraco, mas com a representação de "H". Apesar de o Hê ser uma consoante vocálica na forma "YAH", na forma "YAHU" não está mais no final da sílaba. Portanto, devido à estrutura "YAH" que já existia anteriormente. Este sufixo "YAHU" tem duas vogais plenas, uma vez que tem duas sílabas, "YA-HU", diferentemente dos prefixos "YEHU" e "YEHO", que são uma única sílaba. Além disso, dos 120 nomes que contêm "YAH", apenas 58 possuem "YAHU".
Resumo A origem do trigrama, seja como prefixo YEHU e YEHO ou como sufixo YAH e depois aparti do século IX a.C como YAHU, possui raízes distintas. Todas as pronúncias derivadas dessas origens são respaldadas pela gramática desde o Hebraico antigo até o contemporâneo.
AS VOGAIS PRIMÁRIAS
As vogais originais no hebraico, assim como em outras línguas semíticas, são "A", "I" e "U". As vogais "E" e "O" surgiram a partir da contração das três vogais originais, ou seja, as primeiras vogais existentes são "A", "I" e "U", e as vogais "E" e "O" passaram a existir somente com a contração das três vogais primárias.
A vogal "E" originava-se da contração das vogais "I" e "A", e a vogal "O" da contração das vogais "I" e "U".
Portanto, as vogais A, I e U são as vogais originais do hebraico, sendo chamadas de primárias, enquanto as vogais "E" e "O" derivam dessas vogais primárias e são chamadas de secundárias.
Qualquer pronúncia apresentada como a original do nome de Deus em hebraico, com as vogais "E" e "O" ou uma dessas, contradiz as chamadas "consoantes vocálicas", pois essas emitem, primeiramente, sons primários e, depois, quando contraídos, emitem os sons secundários.
É importante observar que as vogais primárias não são consoantes com sons de vogais. Portanto, não se deve usá-las nas letras do Hebraico como se o alfabeto hebraico não fosse consonantal. As vogais primárias são apenas sons vocálicos sem letras em Hebraico.
NOME DO MESSIAS
"YESHÚA" (ישוע) é o nome original da figura conhecida no Brasil como "Jesus". A forma "Jesus" é uma adaptação do grego "Iesous" e uma evolução da antiga forma em português, "Iesu" e posteriormente "Jesu". Esta transição pode ser observada na Bíblia Almeida Antiga de 1848.
O nome "Yeshua" tem suas raízes no Hebraico bíblico, combinando o prefixo "Ye" (referente ao Nome de Deus em Hebraico "YHVH") com o sufixo "shua" (que significa "salvação"). Adicionalmente, "Yeshua" é a forma pós-cativeiro babilônico da forma pré-cativeiro babilônico "Yehoshua" (Josué, Jesua), sendo ocasionalmente utilizado para evitar associações com elementos pagãos. Isso ocorre devido ao sufixo "Yeho" conter três das quatro consoantes hebraicas que compõem o Nome de Deus em Hebraico "YHVH".
O nome "Yeshua" tem origem em uma raiz hebraica de três letras, que significa "salvar", e se assemelha à palavra hebraica feminina yeshuáh (salvação), indicando sua missão de proporcionar a salvação eterna aos que nele creem.
Em "Susya", uma antiga cidade israelense habitada por judeus que reconheciam Yeshua de Nazaré como o Messias de Israel, foram descobertas ruínas de uma sinagoga. Um mosaico dentro da sinagoga trazia a inscrição em aramaico: "Lembrem-se para o bem, o consolador Yeshua, que testemunhou com sua própria vida." Esta inscrição revela o nome original daquele que se sacrificou na cruz por todos, Yeshua, o Messias.
Na matemática judaica, o valor numérico do nome "Yeshua" equivale ao valor numérico do nome "Toráh" (que significa "Lei"), assim como ao valor numérico do Nome original de Deus em Hebraico, "YHVH". Esta conexão sugere a autenticidade do Nome de Yeshúa como o Messias de Israel, pois somente o Nome original do Messias poderia ter essa conexão numérica harmoniosa.
YEHOSHUA DE QURAM
Nos manuscritos do Mar Morto, anteriores aos sinais massoréticos, foi descoberta a forma mais arcaica do nome Yehoshua (יהושע), representada como YEHOSHÚA (יהשוע). Esta forma apresenta o prefixo YEHO (יה) com apenas duas consoantes e o sufixo SHÚA (שוע) com três consoantes, significativamente diferente da forma comumente aceita (יהושע), usada para os nomes Yausha, Yahusha e Yahushua, que possuem diferenças tanto no prefixo quanto no sufixo.
1. Os defensores dos nomes Yausha, Yahusha e Yahushua afirmam que esses são os nomes do hebraico arcaico. No entanto, a forma mais arcaica encontrada nos manuscritos, (יהשוע), é anterior à forma (יהושע), utilizada para se referir ao Messias como Yausha.
2. O fato de o prefixo na forma mais arcaica ter apenas duas consoantes, YH (יה), torna impossível a pronúncia como "Yau" ou "Yahu" de Yausha, Yahusha ou Yahushua. O Hê indica diretamente (no final de uma sílaba) ou indiretamente (no início de uma sílaba) o som de "A" e, às vezes, secundariamente de "E" ou "O", mas nunca de "U". Portanto, mesmo com apenas duas letras, Yod e Hê, o prefixo gramaticalmente continua a ser pronunciado como YEHO, que, se sinalizado com sinais massoréticos, terá a seguinte forma ( יְהֹ ).
3. O sufixo na forma mais arcaica, com três consoantes (שוע), torna impossível pronunciá-lo como “SHA” de Yausha, Yahusha.
4. O fato de o sufixo na forma mais arcaica ter três consoantes (שוע), exatamente como o sufixo do nome Yeshua (ישוע), sugere que o nome original do Messias deve ter SHÚA (שוע) com três consoantes como sufixo.
A referência a Números 27:18 mostra a variação do nome em diferentes códices e manuscritos antigos, destacando as diferentes formas encontradas nos registros históricos:
O nome (יהושע) de acordo com os códices de Leningrado B19a e de Alepo, textos massoréticos
O nome (יהשוע) de acordo com Quram (cf. Nm 27.18 [4QNm]) antes dos sinais massoréticos.
(Hebraico Bíblico: Introdução Panorâmica, Edison de Faria Francisco, pg 12)
O NOME YHVH NOS NOMES??.
O versículo de Números 6:27 tem sido interpretado de forma distorcida, sugerindo que os judeus (Yehudím) teriam o Tetragrama (יהוה) incorporado em seus nomes na forma de trigrama (יהו).
ושמו את־שמי על־בני ישראל ואני אברכם
“E porão o meu Nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei”.
No entanto, essa interpretação carece de fundamentos sólidos por diversas razões:
• O texto Hebraico não afirma que o Nome seria incorporado nos nomes dos filhos de Israel, mas sim que estaria SOBRE (על) eles.
• O uso do “Vav Conjuntivo” (וְ) no início do versículo indica uma conexão com os versículos anteriores, associando a colocação do Nome sobre os filhos de Israel à bênção sacerdotal mencionada nos versículos precedentes.
• Na época em que o versículo foi escrito, o trigrama (יהו) não existia na forma de sufixo Yahu (יָהוּ); apenas o bigrama (יה) como sufixo Yah ou o trigrama como prefixo Yeho/Yehu eram utilizados.
• A frase “porão o meu Nome” pode ser interpretada de diversas maneiras: escrita, pronunciada ou simbólica.
• A variedade de pronúncias do trigrama (יהו) no Antigo Testamento em hebraico (Yehu, Yeho, Yahu) demonstra a inconsistência ao tentar determinar uma pronúncia específica para o Tetragrama com o trigrama. Isso sugere que a presença do Nome do Eterno nos nomes dos filhos de Israel seria mais simbólica ou escrita do que uma questão de pronúncia.
• O trigrama (יהו) não é uma contração do Tetragrama (יהוה), mas uma evolução do bigrama (יה), pois nunca é utilizado sozinho como uma contração do Tetragrama no Antigo Testamento em Hebraico.
• Além disso, os nomes judaicos que possuem o trigrama não podem ser considerados uma garantia de bênção, uma vez que há nomes judaicos que não contêm sequer uma letra do Tetragrama, como Esdras
(עזרא= Ezrá), Natã (נתן= Natan), Perez ( פרץ= Perets), Acaz (אחז= Achaz), Eleazar (אלעזר= Elazar).
• Finalmente, a palavra “porão” está relacionada especificamente aos sacerdotes que proferem a bênção, não aos pais que nomeiam seus filhos. Isso confirma que o foco do versículo está na bênção sacerdotal e não na composição dos nomes judaicos.
Portanto, uma interpretação mais precisa de Números 6:27 enfatiza o caráter simbólico e abençoador da presença do Nome do Eterno sobre os filhos de Israel, através da bênção sacerdotal, ao invés de uma questão de composição literal dos nomes.
A seguir, examinaremos a análise contida em uma nota de estudo presente na obra “A LEI DE MOISÉS E AS HAFTARÓT”, página 403, a respeito desta passagem:
“A bênção vem de Deus, que confirma as palavras dos Cohanim (Sacerdotes) e os abençoa mesmo tempo. Este é o verdadeiro significado do versículo 27, que diz: “e porão o meu Nome sobre os filhos de Israel e os abençoarei”.
A nota destaca que quando a bênção sacerdotal é proferida sobre os filhos de Israel, o Nome de Deus está simbolicamente sobre eles, resultando em sua bênção.
Na página 212 da nota de estudo da Bíblia de Jerusalém, é explicado o significado do versículo 27:
“O Nome divino é invocado três vezes garante a Israel a presença do Deus que protege”.
Observa que o Nome divino é invocado três vezes nos versículos anteriores (24, 25, 26), enfatizando a presença de Deus. Esta presença é simbolizada por ter o Nome do Eterno sobre os filhos de Israel.
No presente exame do versículo em questão, é crucial destacar que a narrativa não aborda a concepção de nomes teofóricos (nomes formados com o Nome de Deus) mediante a fusão do Nome do Eterno com os nomes dos filhos de Israel. Em vez disso, o texto descreve uma bênção sacerdotal destinada a todos os filhos de Israel, canalizada através dos sacerdotes.
Continuando Análise de Passagens Bíblicas: Trigrama como Nome de Deus em Nomes Judaicos e na Cidade de Jerusalém
O entendimento distorcido de 2 Crônicas 7:14, 1 Reis 11:36, Jeremias 25:29 e Daniel 9:18, 19 sugere erroneamente a presença do Tetragrama (יהוה) na forma de trigrama (יהו) nos nomes dos judeus (Yehudím), bem como na cidade de Jerusalém.
No entanto, uma análise cuidadosa revela que essas passagens não corroboram tal interpretação. É crucial abordar essa questão à luz de uma análise acadêmica e crítica das escrituras, preservando sua fidelidade exegética. A interpretação defeituosa diz:
“A Cidade que é chamada pelo Meu Nome”, (Dn. 9:18,19; Jr. 25:29; 1ª Reis 11:36); o povo que é chamado pelo Meu Nome (Dn. 9:18,19; 2ª Cr. 7:14).”
As passagens usadas na interpretação: 2 Crônicas 7:14 E se o meu povo, que é chamado pelo meu Nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.
Jeremias 25:29 Porque, eis que na cidade que é chamada pelo meu Nome começo a castigar; e ficareis vós totalmente impunes? Não ficareis impunes, porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o YHVH dos Exércitos.
1 Reis 11:36 E a seu filho darei uma tribo; para que Davi, meu servo, sempre tenha uma lâmpada diante de mim em Jerusalém, a cidade que escolhi para mim colocar o meu Nome.
Daniel 9:18 Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos, e ouve; abre os teus olhos, e olha para a nossa desolação, e para a cidade que é chamada pelo teu Nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias.
19 Ó Senhor, ouve; ó YHVH, perdoa; ó YHVH, atende-nos e age sem tardar; por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu Nome.
As passagens analisadas fazem uso da expressão “chamada pelo teu Nome”, em referência a Jerusalém, e “chamado pelo Meu Nome”, em relação ao povo judaico. Notavelmente, essas construções NÃO adotam a formulação “chamado(a) com o meu Nome” ou “chamada com o teu Nome”, que implicaria na inclusão do Trigrama (יהו) como o Nome de Deus na composição de nomes. Ao contrário, a utilização da preposição “pelo” nessas expressões sugere o agente realizando a ação de chamar, não indicando uma ação de incorporação do trigrama (יהו) como nome de Deus nos nomes.
Em Amós 9:12, os “gentios” se referem às nações não judaicas, ou seja, aos não israelitas, vejamos:
“Para que possuam o restante de Edom, e todos os gentios que são chamados pelo meu Nome, diz o YHVH, que faz essas coisas”.
Em Amós 9:12, a expressão “Chamados pelo meu Nome” é utilizada para referir-se a um povo não judaico, indicando que eles não possuíam nomes judaicos. Isso impede que o trigrama (יהו) seja incorporado em seus nomes, pois este é composto por três letras hebraicas. Logo, a expressão “chamados pelo meu Nome” adquire um significado simbólico, em vez de um sentido gramatical, no qual o nome seria formado com o trigrama (יהו) como Nome de Deus.
O mesmo princípio se aplica às expressões “chamada pelo teu Nome” e “chamado pelo Meu Nome”, as quais assumem um sentido simbólico de serem o povo “convocado do Eterno” e a cidade “convocada do Eterno”, pois, originalmente, para que o povo judaico e Jerusalém tivessem o trigrama (יהו) como Nome de Deus em seus nomes próprios, a preposição “pelo” teria que ser substituída por “com”.
No entanto, no texto original em Hebraico, essa preposição é representada pela letra Bet (בּ), que normalmente aparece unida no início da palavra subsequente. Entretanto, esta letra hebraica não é encontrada em “Meu Nome” e “Teu Nome”, em Hebraico; “shimkha” ( שמך=teu Nome) e “shemiy” ( שמי=meu Nome), vejamos:
נקרא־שמי
“chamado pelo meu Nome”
נקרא שמך
“chamada pelo teu Nome”
A interpretação defeituosa de que o povo judeu e a cidade de Jerusalém originalmente tinham o trigrama (יהו) como o Nome de Deus em seus nomes próprios é refutada pela própria gramática nas passagens (2 Crônicas 7:14, Jeremias 25:29, 1 Reis 11:36, Daniel 9:18,19).
No livro de Jeremias 7:10,11,14,30, encontramos a expressão “casa que é chamada pelo Meu Nome”, que faz referência ao Templo judaico.
No Antigo Testamento em Hebraico, o Templo é chamado de “Heykhal” (היכל) e na literatura rabínica é conhecido como “Beyt Hamikdash”
(בית המקדש). É importante observar que nenhum desses termos inclui o bigrama (יה) ou o trigrama (יהו) como o Nome de Deus. Portanto, o sentido dessa expressão é puramente simbólico.
נקרא־שמי
“chamada pelo Meu Nome.”
Além disso, a ausência da preposição Bet (בּ) antes do termo “Meu Nome”
( שמי=shemiy) invalida a interpretação equivocada de que um nome judaico incluiria o trigrama (יהו) como o Nome de Deus.
Resumidamente, observa-se que tanto a gramática quanto o próprio texto das Sagradas Escrituras contradizem essa interpretação aplicada às passagens mencionadas, que sugere o uso do trigrama (יהו) como Yahu (Yarru) do Hebraico bíblico ou Yau do Hebraico moderno comum, como Nome de Deus na estruturação de nomes judaicos.
Portanto, é necessário evitar interpretações simplistas que distorçam o contexto e o significado das passagens, reconhecendo a complexidade e profundidade das escrituras sagradas.
PREFIXOS YHV = YEHU, YEHO ou YAHU?
O prefixo do nome de Josué (יהושע) em hebraico é um trigrama (יהו) que possui três pronúncias no Antigo Testamento: "YEHU", "YEHO" e, a partir do século IX, "YAHU" como sufixo. Aqueles que afirmam que "YE" (יְ) é incorreto e que o correto é "YA" demonstram falta de conhecimento sobre a regra da distinção silábica do hebraico, desde o mais antigo até o contemporâneo. A regra de distinção silábica estipula que uma sílaba pode ter apenas uma vogal plena, e o Vav (ו) no final do trigrama YHV (יהו) já está na posição de vogal plena. Isso torna "YE" no início do trigrama 100% autêntico, visto que o "E" em "YE" é uma semivogal, e semivogais não formam sílabas.
Além disso, no Antigo Testamento em hebraico, não há um único nome que tenha o trigrama (יהו) na posição de prefixo iniciado com "YA". Ou seja, gramaticalmente, é impossível a existência de nomes como YAHUSHA, YAHUSHUA, YAHUDÁH, e YAHUDIM, entre outros. A fonética "YAHU" no trigrama (יהו) só existe como sufixo e surgiu por volta do século IX, antes disso só havia a forma "YAH".
A permanência da vogal plena "A" em "YAHU" é possível porque, diferente dos prefixos YEHU e YEHO, que são uma única sílaba, "YA-HU" é composto por duas sílabas, permitindo duas vogais plenas, uma em cada sílaba. Nos prefixos YEHU e YEHO, sendo uma única sílaba, é permitida apenas uma vogal plena, e o Vav no final dos prefixos já é uma vogal plena: "U" em YEHU e "O" em YEHO.
YAU DE YAHU
No contexto do Hebraico arcaico ou bíblico, o sufixo “YAHU” (Yarru) é tradicionalmente pronunciado como "Yau". Esta particularidade fonética deve-se à pronúncia do sufixo “YAHU” (Yarru) no Hebraico comum. Pois, no Hebraico moderno, observa-se uma tendência popular de ocultar o som de "erre" fraco, produzido pela letra Hê (ה), que é representada pelo 'H' na grafia "YAHU". Portanto, apenas o som da primeira letra, Yod, que é "Y", e sua vogal associada "a", que juntas formam a primeira sílaba do sufixo YA-HU, são pronunciados de forma explícita. Além disso, o Vav, atuando como uma consoante vocálica no final da segunda sílaba, que é composta pela Hê com som de "erre" fraco, é silenciado no Hebraico moderno. Isso ocorre devido à influência de um costume moderno que tende a suprimir o som consonantal do Hê, resultando na audição apenas do som do Vav como "U". Assim, a pronúncia "Yau" é a articulação de três dos quatro sons presentes no sufixo: Y+A+H+U = YAHU (YARRU).
É relevante destacar que, quando a parte final do nome de um profeta ou do primeiro-ministro de Israel é pronunciada como “Yau", tal prática não se alinha com as regras gramaticais do Hebraico, nem serve como referência para a pronúncia do Tetragrama. Trata-se, na verdade, de um costume moderno e difundido no Hebraico contemporâneo, que oculta a pronúncia original do Hê.
Um exemplo clássico da ocultação do som consonantal "erre" fraco, representado pelo Hê (ה), pode ser observado na análise do termo “ELOHÍM” (Elorrím | אלהים ). Neste caso, o "H" simboliza o Hê. Comumente, quando pronunciado por falantes judeus, o termo assume a forma “ELOÍM”, omitindo-se o H com som de "erre" fraco. Essa prática é idêntico ao que ocorre com o sufixo "YAHU" (Yarru). Importante ressaltar que tal fenômeno não se origina de uma regra gramatical formal, mas sim de um costume moderno e popular que foi incorporada ao Hebraico contemporâneo.
As Origens Pagãs do nome YAUH
YAUH é de origem pagã, vem da divindade ariana chamada “dYAUH”. (Fonte: O DEUS DOS INDO-EUROPEUS)
YAUH e YAUSHA são de origem hindu, vem de uma divindade chamada “dYAUH”. Fonte: https://youtu.be/fqFeF0jCePU?si=3sv5eMY1f2pKy7qQ
O nome “YAUH” de onde deriva o nome Yausha é de origem indígena esotérico que representa uma divindade importante na cultura mesoamericana. Entre os povos Mazatecos, por exemplo, é comum realizar uma cerimônia chamada “Xipe Yauh” que envolve oferendas. Fonte: https://guiaesoterico.com/qual-o-significado-de-yauh/
O nome YAUSHA vem do termo “YAUSHAnya” que em Sânscrito significa “Sentir prazer nas mulheres; deleite sensual”. (Fonte: https://www.wisdomlib.org/definition/yaushanya#sanskrit)
Expressão “YAUH” é derivada do nome “YAUHDABAOTH”, que é conhecido no gnosticismo como “YALDABAOTH”. Este termo é frequentemente associado a uma entidade dentro de certas tradições gnósticas, que é descrita como um demiurgo ou uma figura arquetípica criadora, muitas vezes com conotações negativas. Veja o vido de um Satanista explicando no link: https://youtu.be/XDYbzpT_enA?si=jARS2CGiXUPFKjBO
FENÔMENOS AUDITIVOS
O fenômeno da “pareidolia auditiva”, que é a tendência do cérebro humano de atribuir significado familiar a sons aleatórios ou ambíguos. Isso pode acontecer quando ouvimos o som do vento, o barulho das ondas ou até mesmo os sons emitidos por animais; nosso cérebro tenta interpretar esses sons como algo reconhecível, como palavras ou frases.
Um exemplo clássico de pareidolia auditiva é quando as pessoas afirmam ouvir mensagens ocultas em gravações de músicas tocadas ao contrário. Outro exemplo é quando alguém escuta o barulho do vento e acredita ouvir palavras ou frases específicas, como “Yau”.
Esse fenômeno também está ligado à “sinestesia”, que é a capacidade de algumas pessoas de experimentar um sentido através de outro. Por exemplo, algumas pessoas podem “ouvir” sons ao verem imagens mudas, como um vídeo sem áudio.
Isso mostra como nossos sentidos podem interagir de maneiras inesperadas e como o cérebro busca padrões conhecidos em estímulos sensoriais.
A “persistência da audição” é outro fenômeno relacionado, onde o cérebro continua a processar um som mesmo após ele ter cessado, o que pode levar a ouvir sons que não estão mais sendo emitidos⁵.
Esses fenômenos destacam a complexidade da percepção humana e como nossa experiência sensorial é influenciada pela interpretação do cérebro. É um lembrete fascinante de que nem sempre podemos confiar em nossos sentidos para nos dar uma representação exata da realidade ou afirmação que ouviu um animal ou anjo e até mesmo o Espírito de Deus falando e confirmado que a tal pronúncia é a original.
Animais e a lua falam YAU
A exegese de certos versículos bíblicos sugere que todas as criaturas, incluindo animais e até mesmo bebês, são capazes de louvar a YHVH. Esta interpretação transcende a necessidade de vocalização do Tetragrama para expressar louvor. A questão se estende aos indivíduos incapazes de fala, como os mudos, desafiando a noção de que o louvor é restrito à articulação verbal.
Consideremos o versículo de Salmos 148:3: “Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes.”
A mensagem é clara: o louvor é manifestado através do cumprimento do propósito existencial. Por exemplo, a lua louva a Deus não por meio de palavras ou emoções, mas simplesmente existindo e desempenhando a função para a qual foi designada por Yahváh. A lua, desprovida de fala, reações ou sentimentos, encarna o louvor divino ao aderir ao seu papel cósmico predeterminado.
O TERMO DEUS É ZEUS E O TERMO SENHOR É BAAL?
A questão da correlação entre o título "Deus" e o nome próprio "Zeus" suscita um debate etimológico intrigante. A incompreensão dessa conexão etimológica pode ser atribuída à falta de conhecimento sobre a estrutura etimológica conectiva que permeia todos os idiomas, tanto os contemporâneos quanto os extintos. Ao consultar obras que discorrem sobre a etimologia de nomes e títulos divinos, é comum que, ao empregar a Estrutura Etimológica Conectiva do português para outras línguas, se observe uma eventual ligação entre o título "Deus" e o nome "Zeus". Não se deve esquecer que, conforme o relato bíblico em Gênesis 11:1, originalmente existia uma única língua, indicando que, desde o princípio, houve uma conexão intrínseca entre os idiomas, mesmo após a subsequente divisão linguística.
Ademais, é imperativo esclarecer que o uso do título "DEUS" não é associado a práticas pagãs ou pecaminosas. Um exemplo clássico dessa neutralidade pode ser observado no Antigo Testamento em Hebraico, onde o termo "Elohim" (אלהים), que se traduz por "Deus", é empregado tanto para referir-se à divindade suprema quanto a entidades pagãs. Isso é evidenciado em Êxodo 12:12, onde "Elohim" (אלהים) designa os deuses egípcios no contexto do êxodo israelita.
Similarmente, o termo "SENHOR", frequentemente mal interpretado como derivado do ídolo Baal, na realidade possui um espectro semântico amplo no Hebraico. "Baal" pode significar marido, proprietário ou senhor, aplicando-se a seres humanos, divindades pagãs e até mesmo ao Divino. O profeta Isaías, em seu texto hebraico, refere-se ao Altíssimo como "Baal" (בעל), evidenciando a polissemia do termo:
> כִּ֤י בֹֽעֲלַ֨יִךְ֙ עֹשַׂ֔יִךְ יַהְוָה צְבָא֖וֹת שְׁמ֑וֹ וְגֹֽאֲלֵךְ֙ קְד֣וֹשׁ יִשְׂרָאֵ֔ל אֱלֹהֵ֥י כָל־הָאָ֖רֶץ יִקָּרֵֽא׃
"Pois o teu Criador é o teu Baal; Yahváh dos exércitos é o seu Nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor, que é chamado o Deus de toda a terra." (Isaías 54:5)
Em suma, os termos "Senhor" e "Deus" são títulos que, por vezes, integram a estrutura de nomes, enquanto "Zeus" e "Baal" são nomes próprios, definidos por uma natureza etimológica distinta de um título.
“DEUS" é título, por isso que você acha no Dicionário comum que Vem de Theos(Deus em Grego), Deos( Deus em português arcaico) chegando na forma moderna "DEUS".....
ZEUS é um nome próprio diferente de ser um título......
OBSERVE COMO SÃO DIFERENTES:
DEUS em grego: Θεός (Theos)
ZEUS do grego antigo: Ζεύς (Zeús)
Proto-Indo-Europeu (PIE):
A palavra raiz provavelmente se originou do proto-indo-europeu "dyeus", que significava "céu" ou "brilho celestial".
Proto-Grego:
A partir do PIE, a palavra evoluiu para “diwós” na língua proto-grega, mantendo o significado de "céu" ou "deus celestial".
Grego Antigo:
No grego antigo, a forma do nome evoluiu para "Ζεύς" (Zeús), mantendo o significado de "deus do céu" ou "deus principal".
Latim:
No latim, o nome foi adaptado para "Jupiter" (ou Jove), influenciado pela mitologia romana. O equivalente latino de "Zeus" é "Júpiter" ou "Jove".
É interessante observar que, à medida que o nome "Zeus" é analisado em diferentes contextos, ele assume formas variadas. Essa variação simboliza as múltiplas metamorfoses linguísticas pelas quais o termo passou ao longo de sua história. Quanto mais um nome é submetido a transformações, maior é o espectro de conexões que ele pode estabelecer com outros termos. Portanto, é fundamental compreender que o uso de um nome que compartilha uma etimológica estrutural com o de uma divindade pagã não implica necessariamente uma referência direta a essa entidade mitológica. Tais conexões são, em essência, construções gramaticais baseadas em etimologia, desprovidas de qualquer vinculação automática com o significado original ou sagrado atribuído a tais divindades no passado.
SUS DE JESUS EM HEBRAICO É CAVALO E EM LATIM PORCO?
A semântica do elemento "SUS" em Hebraico revela uma complexidade etimológica que varia conforme a forma escrita. As variantes SUS(שׂוּשׁ), SUS(סוּשׁ), SUS(סֻס) e SUS(סֻשׁ) demonstram que, embora todas possam ser foneticamente similares, suas representações corretas divergem significativamente. Essa distinção é crucial para desmistificar a alegação infundada de que o "SUS" em "Jesus" implica o significado de "cavalo". Na verdade, o sufixo "SHÚA" (שׁוּעַ) em "Yeshúa" é formado pelas letras hebraicas Shin (שׁ), Vav (ו) e Aín (ע), enquanto o termo hebraico para "cavalo" é composto por Samekh (ס), Vav (ו) e Samekh (ס), resultando em SUS (סוּס). É pertinente notar que a letra Samekh (ס) não possui o som de "Z", diferentemente do "S" em português.
A mesma análise aplica-se ao latim, onde diversas palavras contêm o elemento "SUS" sem qualquer relação semântica com "porco". Exemplos incluem "SUSpenSUS" (suspenso), "UniverSUS" (universo), "illuSUS" (iludido), "auSUS" (ousar), "effuSUS" (cabana), "viSUS" (visto), "SUStulit" (pegou), "reSUS" (resumo), "SUSpenSUS" (suspenso), "uSUS" (usar) e "riSUS" (risada). Portanto, a fornetica "SUS" em "Jesus" não deriva do Hebraico nem do Latim, mas sim do português, e apresenta uma sonoridade distinta, assemelhando-se mais a "ZUS".
Consequentemente, a afirmação de que o "SUS" em "Jesus" em Hebraico significa "cavalo" e em Latim "porco" não possui fundamento gramatical, caracterizando-se como uma falácia desinformada. A etimologia dos termos deve ser analisada com rigor acadêmico, considerando as nuances linguísticas e históricas que definem seu significado e uso.
SHÚA DE YESHÚA E SHA DE YAUSHA
O sufixo "shúa" (שׁוּעַ), encontrado no nome Yeshúa (יֵשׁוּעַ), origina-se do verbo Hebraico Yasha (יָשַׁע), que se traduz como "salvação". Essa relação etimológica é corroborada por fontes lexicográficas, tais como dicionários bíblicos e a Enciclopédia Judaica. Em termos gramaticais, um sufixo é uma estrutura que se anexa a uma raiz para formar palavras derivadas.
Por outro lado, "Shua" (שׁוּעַ), quando considerado como uma palavra completa e não como sufixo, deriva da raiz Shava (שָׁוַע), que evoca ideias de socorro ou clamor.
Quanto à grafia "SHA" (שַׁע), utilizada na forma "Yausha", é importante notar que não há precedentes de seu uso como sufixo em nomes próprios no Antigo Testamento em Hebraico, nem há evidências de que carregue o significado de "salvação". Os sufixos que são compostos das letras Shin (ש) e Aín (ע) e que estão associados ao conceito de salvação são "shúa" (שֻׁעַ) e "shea" (שֵׁעַ). Não se encontra respaldo em nenhuma gramática hebraica que sustente que "SHA" (שַׁע) de Yausha possua qualquer conotação salvífica.
É plausível que "SHA" em Yausha derive de uma raiz primitiva, PASHA (פָּשַׁע), que significa "transgressão". Assim, o nome Yausha poderia ser interpretado como "Yauh é a transgressão" ou "Yauh transgride", o que, metaforicamente, reflete a transgressão gramatical que tais nomes híbridos representam no contexto da gramática hebraica.