Nascido em Ivinhema, MS, em um
dia de névoa fria aos 17 de setembro de 1983, Giovanni Dorival Souza Santos, foi
um bebê arco-íris[1],
primogênito de quatro irmãos. Pneumotórax e portador de cardiopatia congênita,
teve uma infância de restrições e internações hospitalares. Sempre muito
curioso e inventivo, teve em sua mãe, Leopoldina, a primeira professora ainda
aos seis anos. E foi, também, dela que recebeu o primeiro livro, um conto
infantil chamado Tobi e Dodó, o Cão e a
Raposa[2] de Walt Disney. Ficava acordado até
altas horas da madrugada lendo e relendo esse livro sobre uma amizade que
desafiava a lógica da sociabilidade presumida entre um cãozinho de caça e uma
raposa.
Com a chegada do período escolar,
descobriu na leitura um grande ato de prazer e de fonte de saberes. Deste modo,
sempre era visto devorando os livros
didáticos da série em que cursava ou das séries mais avançadas de seus tios,
quando visitava sua avó paterna. Em especial, os das disciplinas de
Português/Literatura, História, Sociologia, Educação Ambiental, Educação
Cívica, ou Geografia. Também tinha grande prazer em ler Histórias Bíblicas e
mitologias.
Durante o último ano do ensino
fundamental e por todo o ensino médio, quando começou a escrever pequenas peças
de teatro para os trabalhos em grupo das disciplinas de História, Sociologia,
Filosofia, Arte ou Literatura, encontrou nas bibliotecas das escolas públicas em
que estudou, um segundo lar. Passava tardes inteiras nesses santuários da
informação e do saber, pesquisando assuntos diversos, ou se deleitando com
alguma obra dramática, uma coletânea de poemas, contos ou um romance. Datam
desta época, os primeiros poemas que compôs. Obras escritas entre 2000 e 2001
que só começariam a ser lançadas cerca de 21 anos depois.
É o caso, por exemplo, de Quinta Essência[3],
A Bandeira Transfigurada[4] e Noturnário[5],
trabalhos que revelam um autor que, desde jovem, mantém um olhar crítico para
as mazelas sociais, a corrupção, as estruturas de poder, os excluídos, os
discriminados, os injustiçados e os miseráveis. Embora ele próprio já sofresse
em silêncio pelo desabrochar da sexualidade considerada desviante numa
sociedade machista, preconceituosa e violenta. Foi com esse olhar que, aos
dezoito anos, época em que cursou dois semestres de Pedagogia em Ponta Porã, MS,
propôs-se a escrever a sério sua primeira peça dramática tendo o HIV como pano
de fundo.
Em 2005, logo após dirigir e
atuar em um auto natalício de sua autoria, mudou-se para Campo Grande, MS, onde
se integrou ao grupo Gritac, atuando em Do
Outro Lado Da Rua, de Djandre Rolim. Em 2014, incentivado por sua amiga
Silvia Miranda e sob a influência da graduação em Artes Cênicas, Teatro e Dança
(UEMS), (ao qual abandonou no quarto semestre), voltou-se para o gênero
romance. Em 2017 ingressou no curso bacharelado de Jornalismo pela UFMS,
havendo publicado sua primeira obra logo após a formatura, com a coletânea de
poemas As Diásporas Do Amor E Outros
Poemas De Húmus E Flores, lançado em agosto de 2022. Desde então, tem se
dedicado ao ofício de escritor, havendo publicado Sonhos Perdidos De Um País Vermelho-Brasa no mesmo ano de 2022, e, Haja Luz, em março de 2024.
[1] Popularmente o primeiro filho nascido após um
natimorto é conhecido como bebê arco-íris em referência ao arco-íris que, na
tradição judaico cristão, Deus havia posto no céu como sinal de sua aliança com
seu povo logo após o dilúvio, significando uma nova oportunidade de felicidade
terrena.
[2] Ed. Abril Jovem, 1990.
[3] Publicada na coletânea Entre Cores E cinzas: A vida amorosa da
diversidade em versos de amores e desamores, lançadas pela editora Uiclap
em maio de 2024.
[4] Publicada na coletânea Sonhos Perdidos De Um País Vermelho-Brasa, lançado em fins de 2022
pela editora Uiclap
[5] Publicado na coletânea As Diásporas Do Amor E Outros Poemas De Húmus E Flores, lançado em
agosto de 2022 pela editora Uiclap.
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